Exército libanês acusa Israel de 'atrasar' sua retirada após cessar-fogo

Exército libanês deve posicionar suas tropas no sul do país junto às forças de paz da ONU, à medida que militares israelenses se retiram em 60 dias

Publicado em 25/01/2025 às 16:09
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O Exército libanês declarou, neste sábado (25), que está pronto para posicionar suas tropas no sul do país e acusou Israel de "atrasar" sua retirada no âmbito de um acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 27 de novembro.

O exército está "pronto para continuar seu destacamento assim que o inimigo israelense se retire", declarou em um comunicado.

Também apelou à população para "ter cautela ao retornar às áreas da fronteira sul, devido à presença de minas e objetos suspeitos deixados pelo inimigo israelense".

De acordo com os termos do acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o movimento islamistas Hezbollah, o exército libanês deve posicionar suas tropas no sul do país junto às forças de paz da ONU, à medida que os militares israelenses se retiram em um período de 60 dias.

O Hezbollah deve retirar suas forças ao norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira libanesa-israelense, e desmantelar qualquer infraestrutura militar remanescente no sul.

O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou na sexta-feira, contudo, que a retirada de suas tropas continuará além do prazo de 26 de janeiro estabelecido no acordo.

"O processo de retirada está condicionado ao destacamento do Exército libanês no sul do Líbano e à implementação completa e eficaz do acordo, com o Hezbollah se retirando além do rio Litani", declarou o gabinete de Netanyahu.

"Como o acordo de cessar-fogo ainda não foi plenamente implementado pelo Líbano, o processo de retirada progressiva continuará em total coordenação com os Estados Unidos", acrescentou.

A agência nacional de informações libanesa (NNA) informou neste sábado que algumas pessoas deslocadas das zonas de fronteira haviam recebido chamadas internacionais, supostamente feitas por um porta-voz militar israelense, advertindo para que não retornassem para suas casas.

A NNA também informou sobre "operações de destruição" de infraestruturas em alguns vilarejos fronteiriços, acrescentando que algumas entradas foram bloqueadas pelo Exército israelense para "impedir" o retorno dos moradores.

Segundo a mesma fonte, um morador ficou ferido por um disparo israelense no sul.


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