Moradores de Jardim Atlântico, em Olinda, reclamam da demora nas obras da ponte na Avenida Fagundes Varela

As obras da ponte integram os serviços da primeira fase do Canal do Fragoso, com término programado para o próximo dia 15
Larissa Lira
Carolina Fonsêca
Publicado em 10/03/2020 às 17:18
Foto ilustrativa da ponte da Avenida Fagundes Varela, que faz parte da obra do Canal do Fragoso, no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda Foto: LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM


Atualizada às 18h30

A ponte da Avenida Fagundes Varela, em Jardim Atlântico, Olinda, deveria ter sido liberada na tarde desta terça-feira (10). No entanto, até às 16h, isso não havia acontecido. A reportagem do Jornal do Commercio foi até o local e encontrou a ponte interditada, canteiro de obras, alguns homens trabalhando, moradores e comerciantes insatisfeitos.

Segundo moradores, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está no local trabalhando em uma das etapas inacabadas da obra. Com a via que é a principal entrada para o bairro de Jardim Atlântico interditada, em uma área onde há várias lojas, farmácias, restaurantes e outros estabelecimentos, os comerciantes reclamam do movimento fraco. As obras da ponte integram os serviços da primeira fase do Canal do Fragoso, com término programado para o próximo dia 15.

“Foi uma coisa muito mal elaborada porque a gente não foi avisado antes para poder se programar, fazer algo para que não se prejudicasse tanto. Mas aconteceu e inaugurou-se a ponte. A gente achou que ia ser o fim do tormento porque houve muito prejuízo. Isso aqui ficou completamente fechado. Quando foi agora, fecharam por cinco dias e deveria abrir hoje (terça-feira, 10) mas não abriram e não tem previsão porque a Compesa está fazendo um serviço, não explicam direito, fecha e pronto”, contou Netânia da Silva, comerciante e moradora de Jardim Atlântico há mais de 20 anos. Ela trabalha em uma loja de colchões, localizada na Avenida Fagundes Varela, a pouco metros da saída da ponte que está interditada.

LEO MOTTA/JC IMAGEM - Netânia da Silva Bezerra é moradora e comerciante do bairro de Jardim Atlântico e reclama do prejuízo que as obras geraram para os comerciantes do local.

Apesar dos transtornos causados pela demora das obras, interdições e falta de cumprimento de prazos, há moradores mais compreensivos e que acreditam que o resultado será bom para todos. É o caso do funcionário público aposentado José Alcântara, de 74 anos. “Eu não sou de sair muito, mas acho que quando tudo ficar pronto vai ficar muito e vai melhorar muito. Pelo menos cheia a gente não vai ter mais. Mas, agora, enquanto ainda está em obras, se chover corremos um risco sério de alagamentos. Abriram o canal, tiraram a terra que tinha, mas está cheio mato, que o rio levou tudo para lá. Mas os moradores daquela área (mais próximos do canal) estão com medo”, afirmou.

LEO MOTTA/JC IMAGEM - José Alcântara acredita que, quando as obras estiverem prontas, a vida dos moradores e comerciantes do local ficará muito melhor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Alagamentos 

Outra preocupação dos moradores são as chuvas. "Se o tempo mudar, já ficamos apreensivos. No ano passado, passei dois dias presa na minha casa, no primeiro andar. Deu um metrô de água e isso nunca tinha acontecido", relatou Zenilde Cavalcanti Martins, moradora da Rua Regina Lacerda, no mesmo bairro. 

Ao ser contatada, a Prefeitura de Olinda disse que está aguardando o posicionamento do Estado sobre o fim da obra para liberar o trânsito.  

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