Como estratégia de combate ao novo coronavírus (covid-19), a rede pública de saúde do Recife deve receber reforço de 194 novos profissionais, que irão atuar nas unidades de saúde destinadas a atender pacientes com suspeitas da doença. Das vagas do edital, 15 são destinadas a médicos de atenção à saúde da família e 179 são voltadas para o atendimento em UTIs. Até a tarde desta quinta-feira (19), Pernambuco tinha 508 casos notificados, sendo 28 confirmados, 3 prováveis e 311 em investigação.
>> Pernambuco terá 400 novas vagas de UTI e 600 leitos para combate ao coronavírus
As inscrições estão abertas até o próximo domingo (22) e podem ser ser feitas através do site da prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br/). Os candidatos devem ter até 59 anos e comprovar que estão fora do grupo de risco, que inclui portadores de doenças crônicas, além dos idosos. O contrato, temporário, será de um ano.
Os novos profissionais irão atuar nas duas unidades de saúde anunciadas pelo Governo de Pernambuco na última quarta-feira (18). Ao todo, serão abertas 400 novas vagas de UTI, além de 600 leitos de retaguarda em todo o Estado. Para isso, a gestão estadual fará a aquisição administrativa de duas unidades de saúde: o Hospital Nossa Senhora das Graças, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e o Hospital Unicordis, no Torreão, Zona Norte da cidade.
O antigo Unicordis terá 20 leitos de UTI, além de 35 a 40 leitos de enfermaria. Já o Hospital Nossa Senhora das Graças será exclusivamente dedicado à covid-19. Ao todo, serão 230 leitos, sendo 100 somente de UTI.
O governo anunciou ainda a suspensão das cirurgias eletivas nas unidades de saúde a partir da próxima sexta-feira (20). "Isso tem impacto em vários dos nossos hospitais, mas estamos fazendo esforços para gerar leitos para que tenhamos enfermarias de retaguarda dentro do plano de contingência", explicou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia.
Pernambuco tem, até esta quinta-feira, 508 notificações de casos do novo coronavírus. Secretário de Saúde do Estado, André Longo destacou que todas as medidas anunciadas até agora pelo governo têm como objetivo diminuir a velocidade da epidemia. "É um esforço e sacrifício necessário. Reforçamos o cuidado com as pessoas idosas, com mais de 60 anos, as mais vulneráveis a uma infecção pelo novo coronavírus", salientou o secretário, destacando a importância do isolamento social para conter o contágio.