Entre os dias 3 e 5 de maio, a elipse que concentra a maior dispersão do coronavírus nos municípios de Pernambuco alterou suas dimensões, forma e direção. O painel analítico da Fundaj sobre a covid-19, elaborado por pesquisadores do Centro Integrado de Estudos Georreferenciados (Cieg), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), mostra as recentes mudanças de disseminação e avanço do coronavírus em Pernambuco. Agora, a pandemia se direciona para a Região Agreste do Estado.
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De acordo com os informes epidemiológicos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, em 48 horas, os números dos casos residentes cresceram de 8.627 para 9.306, o que significa um aumento de, aproximadamente, 8% nos casos. Já o número de municípios com casos confirmados passou de 126 para 130, enquanto os óbitos passaram de 652 para 749, um aumento de quase 15% em dois dias.
“Esses aumentos e mudanças nas elipses e nas densidades indicam que a dispersão e a concentração de casos está se deslocando fortemente para o Agreste, em direção ao sertão pernambucano, numa velocidade muito alta”, destacou o pesquisador da Fundaj e coordenador responsável pelo painel analítico, Neison Freire.
Palmares perdeu força e agora o eixo que orienta a dispersão se direciona a Caruaru, tomando a BR-232 como principal vetor de difusão hierárquica. São como “ondas de leste” de dispersão da pandemia, vindas do litoral, densamente ocupado e povoado, para o interior do Estado. Nesse sentido, o epicentro da pandemia parece estar deixando de ser a capital e se desloca para algum ponto além da cidade de Caruaru.
A mesma variou de 30 casos, no dia 3 deste mês, para 34 no dia 5, sentido Sertão. Além de concentrar uma área muito maior, tomando praticamente toda a Região Metropolitana e as matas Norte e Sul.
Entretanto, observa-se nitidamente que as maiores densidades formam corredores de casos em direção tanto à Vitória de Santo Antão (74 para 87 casos) à leste, quanto à noroeste, em direção a Limoeiro (14 para 16 casos). Nesses lugares, a pandemia também se espalha por cidades próximas.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.