UFPE é a terceira instituição de ensino no Brasil em pesquisas sobre Inteligência Artificial

A maior parte das produções da Universidade vêm do grupo de Inteligência Artificial do Centro de Informática (CIn), o mais antigo do país
Vanessa Moura
Publicado em 20/05/2020 às 12:31
Universidade Federal de Pernambuco Foto: Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem


Um levantamento feito pelo Portal Pesquisa, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), constatou que a Universidade Federal de Pernambuco é a terceira instituição de ensino superior do país com o maior número de publicações científicas em Inteligência Artificial (IA). A UFPE ficou atrás apenas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP), com 395 e 860 publicações, respectivamente. O relatório divulgado pelo Portal reúne dados desde 2010.

 

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Na universidade pernambucana, a maior parte destes trabalhos desenvolvidos vem do Centro de Informática (CIn) da UFPE, que dispõe de um grupo de Inteligência Artificial com mais de 20 professores voltados à pesquisa no ramo. De acordo com Teresa Ludermir, líder do grupo de IA do Centro e professora de graduação e pós-graduação, a boa colocação da universidade é resultado "do trabalho do grupo mais antigo do país na área", que iniciou suas atividades na década de 1970. 

Dos trabalhos que são realizados na Universidade, a professora Teresa Ludermir destaca o projeto "Narizes Artificiais", que, com a utilização de redes neurais é capaz de atuar na detecção e reconhecimento de gases tóxicos, classificação de safras de vinhos, qualidade dos vinhos, detecção de fungos em UTIs e reconhecimento de padrões em geral. Além dos artigos “A new preference disaggregation TOPSIS approach applied to sort corporate bonds based on financial statements and expert's assessment”“A fuzzy hybrid integrated framework for portfolio optimization in private banking”, dirigidos à área financeira. 

Grupo 

O grupo de estudos de Inteligência Artificial do CIn se iniciou após o professor Clylton Fernandes, atualmente aposentado, ter retornado de seu doutorado feito na Inglaterra, onde estudou Redes Neurais Artificiais. O pesquisador foi responsável por orientar Teresa Ludermir, que tornou-se a primeira pesquisadora de IA do Brasil. Hoje, quase 50 anos mais tarde, o grupo já formou cerca de 450 mestres e 120 doutores na área.



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