A prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, publicou um novo decreto na última quinta-feira (4) que proíbe o acesso de crianças de até 12 anos e de idosos com idade superior a 60 anos nas lojas do comércio, shopping center e galerias, excetuando-se os casos de acesso a bancos, casas lotéricas, laboratórios, supermercados, farmácia e clínicas médicas. O objetivo da medida é reduzir a circulação de pessoas e otimizar o funcionamento dos estabelecimentos comerciais, abertos desde o dia 1º de junho.
Todos os estabelecimentos, seja comercial ou não, também são obrigados pelo decreto a realizar testagem de funcionários e colaboradores que apresentarem sintomas relacionados ao novo coronavírus.
Além disso, o documento anunciou mudanças no funcionamento interno da administração pública. Antes de forma virtual, os prédios da prefeitura passam a funcionar presencialmente, com horário de expediente das 8h às 12h, com atendimento ao público.
O acesso ao Parque Municipal Josepha Coelho é, agora, das 5h às 20h, sendo obrigatório o uso de máscara na entrada e permanência e o respeito às regras de distanciamento social.
O documento revoga um artigo do decreto anterior e restabelece o ferido do dia 11 de junho, Corpus Christi, e o feriado do dia 24 de junho, São João.
Diante dos riscos à saúde pública, segundo a Prefeitura, o decreto prevê, por fim, a proibição de fogueiras e fogos de artifício que provocam fumaça e cheiro de combustão, seja em ambientes privados ou públicos, durante o período junino.
O aposentado Luiz Amora, de 73 anos, que está em isolamento há mais de 90 dias, aprovou a mudança. “Como eu sou do grupo de risco, acho que é uma medida preventiva muito boa. Até porque eu sou até contra essa abertura [econômica] que está acontecendo não só em Petrolina, como no Brasil todo. Eu acho que as autoridades de saúde e governantes estão se precipitando”. Ele conta que vê um respeito maior às recomendações sanitárias por parte dos idosos, que pelo resto da população. “Educar as pessoas é muito difícil, embora a gente note que em determinados momentos as autoridades tenham se empenhado em discipliná-las. Para os idosos respeitarem, é mais fácil, que pela idade e vivência são mais educados”.
A opinião positiva acerca da nova medida também é compartilhado pelo comerciante Cícero Bahia, de 66 anos. “Eu concordo com essa decisão, porque idosos e crianças não deveriam estar na rua, a doença não acabou, ela continua”. Em quarentena desde março, o petrolinense precisou sair de casa nesta terça para ir até o banco, e conta que as ruas estão lotadas. “Eu estou no banco e estou vendo muita gente, inclusive idosos e crianças”.