Projeto social distribui testes de coronavírus e alimentos para comunidades do Sertão de Pernambuco

Projeto "Miséria que Habita" já arrecadou mais de 1 tonelada de alimentos, além de kits de higiene para mais de 600 famílias
Gabriela Carvalho
Publicado em 11/06/2020 às 10:07
O projeto Miséria que Habita reúne imagens produzidas pelo fotógrafo Henrique de Campos, com a curadoria do também fotógrafo Eder Chiodetto. Foto: Henrique Silva/Divulgação


ARTE/JC - Selo Boa Notícia

O projeto Miséria que Habita, em parceria com o Ciranda Sertaneja, vai realizar, na sexta-feira (12), testagem gratuita de exame rápido de covid-19 nos moradores da área rural de Inajá, no Sertão de Pernambuco, além da entrega de cestas básicas a partir das 9h.

O projeto nasceu no Rio de Janeiro, com a primeira ação realizada no Retiro dos Artistas. “Miséria que Habita” conta o apoio de artistas como Maria Casadevall, Luiza Brunet, Karina Ramil, Eduardo Pelizzari, Marina Lima, os Jornalistas Celso Zucatelli e Fábio Ramalho.

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Com a crescente do número de casos fatais do vírus, o projeto viu a necessidade de colaborar com um diagnóstico rápido nas áreas com menor índice de salubridade. O Ministério da Saúde anunciou a distribuição de aproximadamente 23 milhões de testes para agentes da saúde e segurança e outros 14,9 milhões para pacientes internados em estado grave.

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"Ainda que todos esses testes sejam distribuídos, muita gente ainda vai ficar sem saber se está infectado ou não, dando prosseguimento à disseminação do vírus", reflete o fotógrafo e organizador do projeto.

Diversos estados brasileiros já foram beneficiados através de outras ações do projeto como a captação de recursos e registros fotográficos, que tem parceria institucional com a ONU Habitat – Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos. Diante da necessidade de isolamento social e higiene pessoal impostos pelo novo coronavírus, todas as frentes do projeto decidiram agir imediatamente.

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Através de campanha realizada nas redes sociais, a iniciativa arrecadou cerca de 1 mil cestas básicas e kits de higiene. Os itens foram distribuídos para aproximadamente 600 famílias que vivem em locais como a favela do Cantão no Bairro Cristal em Porto Alegre (RS), Jardim Peri (SP), a favela da Rocinha (RJ) e os trabalhadores que dependem do lixão da cidade de Codó (MA).

De acordo com Henrique de Campos, fotógrafo e documentarista brasileiro idealizador do Miséria que Habita, o projeto já atuava nessas comunidades categorizando os diferentes graus de miséria, suas peculiaridades geográficas, além de captar fundos para impactar de maneira sustentável cada um desses ambientes.

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"O objetivo do Miséria que Habita é servir como um piloto para que outras instituições maiores, até mesmo governos, percebam que muito se pode fazer com menos investimento financeiro, quando este é substituído por atenção", destaca.

A campanha de arrecadação que levanta fundos para a compra de alimentos e produtos de higiene contra o covid-19 ainda está no ar. Henrique de Campos alerta para a necessidade de manter as doações ativas: "nós somos muito gratos por todos que ajudaram até agora, mas a necessidade por alimentos é permanente, e não podemos parar de atender essas pessoas".

Como você pode ajudar

Para ajudar e acompanhar as ações, os interessados podem acessar o Instagram @miseriaquehabita ou o site que arrecada as doações. O projeto também está no Facebook.

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