O município do Cabo de Santo Agostinho, situado no litoral sul de Pernambuco, decidiu proibir fogueiras e fogos de artifício durante o período junino. A medida, que se soma à outras já decretadas em cidades pernambucanas por causa da pandemia do novo coronavírus, foi estabelecida nessa quinta-feira (11) por meio do decreto n° 1.911.
De acordo com a prefeitura do município, "a medida considera que ambas as práticas podem gerar uma demanda por atendimento médico em hospitais, já que é bastante comum acidentes provocados por fogos e casos de intoxicação pela fumaça da fogueira, ocasionando neste período de pandemia, complicações para os doentes de covid-19".
"Entendemos que a tradição junina é de grande importância para a população. Mas precisamos cumprir o que estabeleceu o Ministério Público e, levando em conta o fato de que as fogueiras aumentam os riscos de problemas respiratórios, e a queima de fogos de artifício, acidentes", disse o prefeito Lula Cabral.
Nesta sexta-feira (12), a Secretaria de Meio Ambiente do Cabo de Santo Agostinho apreendeu o equivalente a dois caminhões caçamba com madeiras que foram extraídas ilegalmente e estavam sendo comercializadas para fogueiras juninas.
Além da proibição, fiscalizações estão sendo realizadas com o objetivo de se fazer cumprir o decreto. Nesta sexta-feira (12), o equivalente a dois caminhões caçamba foram apreendidos com madeira. O material estava em um estabelecimento, que foi notificado, em Enseada dos Corais. Todo a madeira recolhida foi encaminhada para a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e será doado posteriormente.
De acordo com a prefeitura, a Secretaria de Meio Ambiente continuará com as fiscalizações durante o mês de junho.