A partir desta quarta-feira (22) começa a ser visível no Brasil a passagem do cometa Neowise. O fenômeno astronômico é raro e só voltará a acontecer daqui 6.800 anos, de acordo com os cálculos dos cientistas da Nasa, agência espacial norte-americana. No entanto, apesar do cometa circundar pelo ponto mais próximo da Terra, o Neowise dificilmente será visto em Pernambuco.
Em entrevista ao JC, o coordenador do Observatório Astronômico do Alto da Sé, Cleiton Batista, explicou o porquê do fenômeno não ser vísivel no Estado. "Pernambuco está em uma localização geográfica mais ao leste, essa posição é desfavorável para observar o cometa, pois sua aparição pode ser facilmente confudida com o pôr do sol", explica.
No Brasil, o Neowise não irá atingir um ângulo maior do que a linha do horizonte, onde o sol se põe, por isso, o registro e a visualização será um pouco mais díficil. No entanto, ainda há uma esperança para os amantes da astronomia. "Para tentar observar o cometa é preciso estar em um local plano e sem barreira física no local onde o cometa será visualizado", sugere Cleiton.
O Neowise foi descoberto no final de março pelo satélite de mesmo nome da Nasa. O cometa ficou visível a olho nu em 3 de julho quando atingiu seu periélio, ponto de sua órbita mais próximo do Sol.
Os cometas são corpos formados por gelo, rochas e materiais orgânicos. O Neowise é um dos poucos cometas do século XXI que podem ser vistos a olho nu, segundo a agência especial. Há registros de sua passagem em diferentes países do hemisfério norte e ele deve se chegar ao ponto mais próximo da Terra nesta quinta-feira (23).
Já que o cometa não será observado tão facilmente em Pernambuco, resta admirar sua passagem em outros países. Confira as fotos: