TRÂNSITO

Semana começa com atrasos e problemas na Linha Sul do Metrô do Recife

O problema foi causado pelo desalinhamento de um trem na sexta-feira (20) na Estação Largo da Paz

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Publicado em 23/11/2020 às 7:45 | Atualizado em 23/11/2020 às 9:01
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Intervalos entre os trens está em torno de vinte minutos entre os trens, cerca de oito minutos a mais que o normal - FOTO: WELLINGTON LIMA/JC IMAGEM

Com informações de Juliana Oliveira, da TV Jornal

A Estação Largo da Paz, na Linha Sul do Metrô do Recife, opera, nesta segunda-feira (23), em via singela - ou seja, em mão dupla -, com intervalos de em torno de vinte minutos entre os trens, cerca de oito minutos a mais que o normal. O problema foi causado pelo desalinhamento de um trem na sexta-feira (20) na estação. Ainda não há prazo para que o metrô volte a funcionar normalmente.

Segundo o gerente de comunicação da CBTU Recife, Salvino Gomes, a via de em torno de um quilômetro terá que ser reconstruída, e equipes trabalham 24 horas para resolver o transtorno.

"A gente teve esse problema nesse final de semana quando um rodeiro acabou se desalinhando e houve o descarrilhamento dessa roda, causando muitos transtornos na via. A gente teve problema nos dormentes, que são as estruturas de concreto que seguram os trilhos, e teremos que trocar os trilhos, as presilhas e até as soldas."

Segundo Salvino, estratégias são pensadas pela companhia para diminuir o intervalo, que devem ser divulgadas nos próximos dias. "A gente sabe que o intervalo aumentando de 10 ou 12 minutos para 18 ou 20 prejudica a população. Isso torna os trens lotados porque as pessoas, ainda com esses atrasos, preferem circular de metrô", disse. Ele informa que, até este final de semana, uma previsão geral deve ser dada.

Apesar da falha ter acontecido no Largo da Paz, o problema pode ter consequência em outras estações. "Pode [aglomerar] sim. Com o intervalo aumentando em oito minutos, [como] a gente tem um alinhamento e alimentação do sistema dos ônibus do Grande Recife, as plataformas vão ficar mais cheias", explica.

No entanto, Salvino adverte que, apesar da maior lotação, as plataformas das estações da Linha Sul comportam até 900 pessoas espaçadas entre um metro de distância. "Portanto, a gente não tem o problema de ficar junto do outro passageiro, mantenha o distanciamento e, se puder evitar o trem mais cheio, pegue um segundo trem, um pouco mais vazio e tente mudar também o seu horário, antecipar sua chegada ou mudar o seu horário de saída", pede.

Reforço de ônibus

Devido ao descarrilamento, o Grande Recife Consórcio de Transporte disponibilizou ônibus extras nos terminais Cabo, Cajueiro Seco e Tancredo Neves na sexta (20), entre as Estações Largo da Paz e Joana Bezerra. O reforço segue nesta segunda (23). "O Consórcio destaca que estes coletivos entram em operação de acordo com a demanda dos usuários, uma vez que o metrô continua operando normalmente, apenas com intervalos maiores. Fiscais do Grande Recife também estarão acompanhando a operação nos terminais para possíveis ajustes na operação dos ônibus, caso necessário, uma vez que a capacidade de transporte de um metrô é muito maior que a de um coletivo."

Desalinhamento

Na sexta-feira, o terceiro vagão dos quatro que fazem parte da composição de um trem não conseguiu alinhar corretamente aos trilhos ao chegar na plataforma e cedeu levemente, gerando o princípio de descarrilamento. Segundo a assessoria de imprensa da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU Recife), o trem conseguiu se manter na plataforma e os passageiros desembarcaram com segurança, sem vítimas acidentadas.

Técnicos chegaram ao local para apurar as causas do incidente, sem previsão de conclusão da perícia. O grupo não descarta que o má funcionamento tenha sido provocada por vandalismo. "Pode ter sido problema com trem, questão com trilho, pode ter sido uma situação de roubo de presilha - última possibilidade que a gente está trabalhando", contou o gerente de comunicação da CBTU Recife, Salvino Gomes.

De acordo com o representante, a situação é inédita. "Em 35 anos, nunca vi uma ocorrência dessa", comentou.

Aumento de passagem

Em março deste ano, a passagem do metrô chegou a R$ 4. O reajuste fez parte de uma série de seis aumentos escalonados que tiveram início em abril de 2019, quando o bilhete deixou de custar R$ 1,60. Somados, os acréscimos significaram uma alta de 150% no preço. À época, a CBTU justificou que a atualização evitaria a paralisação do sistema, que operava em déficit financeiro. O valor não era atualizado havia seis anos.

BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Se houver necessidade, serão injetados mais trens na Linha Centro do modal - FOTO:BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

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