"Estava com água na cintura"

KATARINA MORAES E LARISSA LIRA
Publicado em 26/07/2021 às 23:34
DESESPERO Adilza Cardoso, namorada, soube do incidente por telefone Foto: ALEX OLIVEIRA/JC IMAGEM


A dona de casa Adilza Cardoso, de 36 anos, namorada de Heverton Guimarães Reis, contou ao JC, ontem, que já esteve com ele no Hospital da Restauração (HR) e que o encontrou muito abalado com o incidente com o tubarão.

"Ele está consciente, aparentemente estável. Ele falou muito pouco, porque foi muito rápido, não deu tempo mesmo da gente conversar muito, não. Ele disse que estava com água na cintura quando o tubarão o atacou, e que acabou escapando após entrar em atrito com ele", disse Adilza.

A dona de casa recebeu um telefonema de um amigo do namorado, na tarde do domingo, avisando que ele havia sido mordido pelo animal marinho. No começo, achou que se tratava de uma brincadeira.

"Fiquei transtornada, nem acreditei. Meu chão caiu. Jamais iria acreditar que isso iria acontecer com ele. Eu achei que fosse uma brincadeira, uma pegadinha, e só vim acreditar quando o amigo começou a chorar e o socorrista falou comigo. Naquele momento, pensei que ele tinha perdido a perna, que tinha acontecido o pior", relatou.

O casal mora no bairro de Jardim Jordão, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e está junto há um ano e quatro meses. Durante todo esse tempo juntos, de acordo com Adilza, Heverton não tinha o hábito de ir à praia. Quando ia, preferia a Praia do Pina, na Zona Sul do Recife. No domingo, o namorado saiu sozinho para encontrar um amigo. Ela preferiu ficar em casa.

Após Heverton ter passado por uma cirurgia e ter sido transferido para a sala de recuperação, Adilza se tranquilizou. "Estou mais aliviada por ele estar conversando e estável", afirmou. Agora, Heverton está no setor de enfermaria, segundo a assessoria do HR.

Também em entrevista ao JC, a mãe da vítima, Dilene Guimarães, disse que todas às vezes que o filho ia à praia costumava mergulhar no mar. "Ele não sabia nadar, mas gostava de ir à praia e se molhar", contou.

A notícia do incidente foi recebida com desespero pela mãe. "Só consegui ir no hospital nesta segunda-feira (ontem), porque tomei muito remédio. Quem me acalmou foi a equipe que socorreu o meu filho, pois me ligaram duas vezes e me disseram para ficar calma." Agora, com o filho estável, Dilene diz agradecer pelo livramento.

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