TUBARÃO

Comerciantes reclamam da queda no movimento no primeiro domingo de interdição da praia de Piedade

Barraqueiros alegam queda de mais de 90% nas vendas após a proibição do banho de mar por conta dos ataques de tubarão na área

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Edilson Vieira

Publicado em 01/08/2021 às 11:14
Apesar do domingo de sol, poucas pessoas frequentaram o trecho interditado para o banho de mar - Day Santos/JC IMAGEM

Com informações do repórter Mário Oliveira, da TV Jornal

O primeiro domingo de proibição do banho de mar num trecho de 2,2 km da praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, foi marcado pela fiscalização constante de agentes da prefeitura, trabalho de panfletagem para orientação dos frequentadores da praia, e muita reclamação por parte dos comerciantes que trabalham no local.

A interdição na área foi determinada no último dia 27, depois de dois ataques por tubarões  a banhistas terem ocorrido em 15 dias. Um dos ataques foi fatal. Na manhã deste domingo (1) havia fiscalização feita por agentes da prefeitura de Jaboatão que circulavam em quadriciclos e picapes, orientação sobre as medidas restritivas feitas com a distribuição de panfletos e reclamação por parte dos barraqueiros e ambulantes que comercializam bebidas e alimentos principalmente na área da igrejinha de Piedade, local da maioria dos ataques.

COMÉRCIO

A ambulante Cristiane Maria Ferreira, vendedora de caldinhos, disse que o movimento na praia estava horrível para um domingo. "Uma hora dessas [por volta das 10h] era para a praia estar lotada, mas não está. A gente depende dela para dar de comer a nossos filhos. Eu tenho sete filhos pequenos", argumentou. Cristiane disse que não conseguiu se inscrever no programa da prefeitura de Jaboatão do auxílio emergencial de R$ 180 para os comerciantes da área. "Uma hora dessas e eu só vendi um caldinho, quando o normal teria sido vender umas três garrafas, já", lamentou.

O barraqueiro José Ivan Santos também reclamou na queda no movimento de clientes com a proibição do banho de mar. "Provavelmente o movimento caiu mais de 90%. Um dia de sol como hoje, início de mês, quando todo mundo está com dinheiro, e a praia está vazia. Eu estou aí cheio de boleto pra pagar e no domingo que é o dia onde a gente mais fatura, a situação é essa". O comerciante acha que a prefeitura de Jaboatão agiu corretamente ao instalar banheiros e chuveirões na praia para atrair os banhistas. "Mas falta agora o governo estadual e o governo federal darem às mãos também para ajudar, eu faço esse apelo". pediu o comerciante.

BANHISTA

O engenheiro Marcelo Duarte, frequentador da praia no trecho da igrejinha, disse que a proibição do banho de mar não alterou sua rotina. "Eu já tinha o hábito de não entrar na água nesse trecho e agora com a restrição está até mais seguro porque a fiscalização aumentou. Eu não vejo problemas em vir á praia com a família e amigos só por conta da restrição ao banho de mar", afirmou.

 

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