DECRETO

O que dizem as igrejas e templos de Pernambuco sobre exigência de vacinação e/ou teste de covid-19 para fiéis?

Igrejas e templos do Estado cujas celebrações religiosas contem com a presença de mais de 300 pessoas deverão exigir a apresentação dos comprovantes do esquema vacinal e/ou resultados negativos dos testes para covid-19

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Adige Silva

Publicado em 27/09/2021 às 22:07 | Atualizado em 27/09/2021 às 23:25
Templo central da Assembleia de Deus de Pernambuco, em Santo Amaro, Recife - ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM

Atualizada às 23h25

Igrejas e templos de Pernambuco cujas celebrações religiosas contem com a presença de mais de 300 pessoas deverão exigir a apresentação dos comprovantes do esquema vacinal e/ou resultados negativos dos testes para covid-19. A nova regra, que consta em decreto assinado pelo governador Paulo Câmara e publicado nesta segunda-feira (27) em edição extra do Diário Oficial do Estado, foi questionada por alguns fiéis nas redes sociais. Na avaliação de representantes religiosos ouvidos JC, a medida é positiva.

"Nós cremos que a medida tomada pelo governo é uma tendência mundial. Vários países vêm tomando decisões nesse sentido. Por isso, nós acreditamos que o papel da igreja neste momento é caminhar junto com a sociedade, para que possamos vencer o mal que é o coronavírus. A saúde do povo é a prioridade. Caso seja necessário reunirmos mais de 300 pessoas, nós vamos, sim, checar o esquema vacinal e obedecer os protocolos", diz Guilherme Alves, pastor da Igreja A Ponte.

Para Alberto Freitas, presidente da Convenção Batista de Pernambuco, a medida é fundamental para a volta ao normal das atividades.

"Para cultos com um número maior de pessoas, nós temos agora essa necessidade, tanto para igrejas como para teatros, clubes, cinemas. A exigência está sendo uniforme para todos os tipos de ajuntamentos de pessoas. Então, entendemos que faz parte dessa necessidade e é um passo que é dado para um retorno ao normal das atividades, incluindo das igrejas", afirma.

Segundo Cristina Pires, presidente da Federação Espírita Pernambucana, os templos espíritas já estavam funcionando com um quantitativo abaixo do permitido. "No nosso caso, o centro espírita, nós temos auditório para 500 pessoas. Começamos com liberação para 50, passamos para 70 e vamos passar para 100 pessoas agora em outubro. A gente escolheu esse percentual porque conseguimos manter o distanciamento, conseguimos que todos estejam usando máscaras e aferir a temperatura de todos", explica a religiosa.

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, afirmou que pouca coisa muda para as comunidades eclesiais do Estado, já que a medida diz respeito às celebrações que contem com a presença de mais de 300 pessoas. "Todos recomendamos a vacina e acreditamos na sua eficácia", acrescentou.

A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Ana Paula Vilaça, em entrevista à TV Jornal, explica que a medida é um avanço e não um empecilho para que os fiéis frequentem os seus templos.

"Essa exigência é para qualquer tipo de atividade social, de eventos, que junte mais de 300 pessoas. O que a gente promoveu foi um avanço, uma flexibilização. Como já estava antes, até 300 pessoas, não é exigido controle vacinal. A partir de 300 pessoas ou 80% da capacidade do espaço, o que for menor, a gente pode ter até 2500 pessoas nesses locais", diz a secretaria, acrescentando que cada instituição deverá organizar o acesso dos fiéis.

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