João Campos rebate Prefeitura de Olinda e diz que diálogo entre capitais não anula discussão sobre o Carnaval em outras cidades
O prefeito do Recife, João Campos, afirmou que o diálogo sobre a realização do Carnaval tem sido permanente tanto com o Governo do Estado, quanto com os demais municípios pernambucanos
O prefeito do Recife, João Campos, rebateu as críticas feitas pela Prefeitura de Olinda, de que o município teria sido excluído do diálogo com outras cidades brasileiras sobre a possibilidade de realização do Carnaval em 2022. “É impensável falar de Carnaval no Brasil e, especialmente o Carnaval de Pernambuco, sem que Olinda participe da discussão”, afirmou a gestão do prefeito Lupércio, se referindo a criação do comitê interestadual que reúne a capital pernambucana, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Belo Horizonte.
"O diálogo é permanente com todos, Governo do Estado, com demais municípios, com a Amupe. Hoje, eu estive com o presidente da Amupe, José Patriota, que representa todos os municípios pernambucanos, ele fez uma plenária em relação a isso", esclareceu Campos, ao ser questionado pelo JC.
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O comitê, que já realizou seu primeiro encontro virtual nessa segunda-feira (29), tem como objetivo conhecer as diversas realidades vivenciadas pelas cinco capitais no enfrentamento da covid-19. A partir disto, indicativos como o avanço do esquema vacinal, número de leitos ocupados ou desativados, mortalidade, sazonalidade entre outros aspectos deverão ser considerados de forma conjunta em busca de consenso que norteei decisões futuras sobre a realização do Carnaval nestas cidades.
"Mas uma coisa não anula a outra, existe um grupo de cinco capitais brasileiras que têm o maior Carnaval do Brasil e esse grupo permanece com as cinco capitais. A gente está dialogando, já teve a primeira reunião técnica, vai ter a segunda semana que vem para em seguida os prefeitos se reunirem. Então, o diálogo, quanto mais melhor", declarou o prefeito do Recife, durante evento de lançamento do livro "Lições de Madrugada", do deputado federal Tadeu Alencar.
O secretário de Saúde do Estado, André Longo, afirmou aos prefeitos pernambucanos, durante reunião da Amupe, que uma definição sobre a realização do Carnaval deverá ser feita até a primeira quinzena de janeiro. Longo já havia deixado claro que "não há segurança sanitária" para a realização de grandes eventos como Réveillon e Carnaval, já que o Estado ainda não alcançou 90% da sua população com o esquema vacinal completo (as duas doses).
Possibilidades
O prefeito de Olinda, Professor Lupércio, disse nessa terça-feira (2), que a decisão sobre a realização do Carnaval deverá ser tomada em conjunto com outros municípios e destacou a importância de monitorar a taxa de vacinação completa (mais o reforço da terceira dose), e o comportamento da nova cepa ômicron nos outros países. “Nosso objetivo maior é evitar que as pessoas adoeçam ou morram por causa da Covid-19”, disse o prefeito, durante reunião realizada para tratar do tema.
Há três possibilidade sendo avaliadas pela Prefeitura de Olinda: a não realização do Carnaval; que a festa aconteça com controle de acesso; e a realização do Carnaval em um cenário epidemiológico de 90% da população brasileira totalmente imunizada.