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Dois servidores públicos são presos em operação contra fraude a concurso público em Pernambuco

Segundo a polícia, o grupo fraudou o concurso da guarda municipal de Gravatá

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Marcelo Aprígio, Giovanna Torreão

Publicado em 09/12/2021 às 16:12 | Atualizado em 09/12/2021 às 16:31
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A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (9), uma operação contra suspeitos de fraude a concurso público e associação criminosa. De acordo com a corporação, 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, e em cinco cidades do Grande Recife. Durante a ação, três pessoas foram presas, entre elas estavam dois servidores públicos do Governo do Estado, sendo um deles policial penal. 

Nos endereços visitados pelos policiais, foram encontradas duas armas, munições, celulares, pontos eletrônicos, documentos falsos e R$ 15 mil em dinheiro. Ainda conforme a polícia, o grupo fraudou o concurso da guarda municipal de Gravatá, realizado em dezembro do ano passado e que teria sido anulada por questões administrativas. As investigações tiveram início em janeiro após denúncias.

O suspeitos faziam uso dois métodos para fraudar as provas. "Um deles era se passando pelo candidato. Eles pegavam uma foto da pessoa que iam fazer a prova, substituíam no RG  do candidato e faziam a prova por ele. O outro método de fraude era a utilização de pontos eletrônicos através de mini celulares que eram acoplados ao corpo da pessoa, que recebiam as informações do gabarito", explica o gestor da Delegacia de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado, Guilherme Caraciolo.

O delegado não descarta a participação de outros suspeitos nas ações. Segundo Caraciolo, serão responsabilizados tanto os integrantes da quadrilha quanto as pessoas que contrataram o trabalho dos criminosos.

"As pessoas que procuraram esse grupo vão responder por fraude a concurso. Já a própria associação ela ainda vai ser investigada em relação a fraudes em outros concursos, a investigação não para aqui, e ela vai responder tanto pela fraude nesse concurso, quanto por associação criminosa e por outras fraudes que vierem a ser descobertas", completa o delegado.

Mais operações

Outras duas operações foram deflagradas, na manhã desta quinta, pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) contra suspeitos de crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, dispensa ilegal de licitações, improbidade administrativa e associação criminosa. Ao todo, 180 policiais, entre delegados, agentes e escrivães, além de duas equipes de auditores da Secretaria da Fazenda, foram empregados nas ações.

Colcha de Retalhos

A 82ª Operação de Repressão Qualificada de 2021, batizada de "Colcha de Retalhos", teve suas investigações iniciadas em dezembro de 2020, com o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de crimes contra a ordem tributária e de lavagem de dinheiro.

Na ação, foram expedidos seis mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, e de Altinho, no Agreste do Estado. As ordens foram expedidas pela Primeira Vara Criminal da Comarca de Camaragibe, no Grande Recife.

Resíduo

Já a 83ª Operação de Repressão Qualificada do ano, ligada à Diretoria Integrada do Interior I (Dinter I), mira um grupo criminoso que é alvo de investigação desde julho de 2021. Eles são suspeitos de fraude em licitações, dispensa ilegal de licitações e improbidade administrativa.

Batizada de "Resíduo", a operação cumpre sete mandados de prisão no Recife, Caruaru, Sanharó, Garanhuns e Brejão. Além disso, os policiais também dão cumprimento a 13 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros, todos expedidos pela Vara Única da Comarca de Sanharó, no Agreste.

 

 

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