Recém-nascido é encontrado em coletor de lixo em Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho
O bebê foi descoberto após um mecânico, morador do local, ouvir o choro vindo do receptor de resíduos
Com informações da repórter Cinthia Ferreira, da TV Jornal
Um recém-nascido foi encontrado em um coletor de lixo na Praia de Gaibu, Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na madrugada deste domingo (13). O bebê foi descoberto após um mecânico, morador do local, ouvir o choro vindo do receptor de resíduos. A identificação da vítima não foi repassada pelas autoridades, nem de possíveis familiares.
O recém-nascido foi visto após o mecânico Luiz Paulo, de 35 anos, ouvir o choro enquanto se dirigia à pesca, às 4h, com um amigo. "Estava junto com um amigo meu, a gente estava indo pescar e no meio do caminho que eu escutei um choro de um bebê. Ele ainda duvidou de mim dizendo que não era e eu disse: 'é um bebê, vou olhar o coletor de lixo'. Quando eu abri o coletor de lixo realmente era um bebê, que estava dentro de uma caixa todo amarrado e toda ensanguentada ainda com o cordão umbilical, como se tivesse tinha acabado de nascer", disse o mecânico, que estava em dia de folga.
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Luiz Paulo relatou que a criança ainda estava com o cordão umbilical amarrado a um cadarço de sapato. Ele prestou os primeiros socorros, levando-a para casa, já que ele tem um filho de 1 ano e 7 meses. "Eu levei para casa e minha esposa higienizou o peito e amamentou por cinco minutos, a criança estava muito vermelha", contou, emocionado, Luiz Paulo, levando o bebê para um 'postinho de Gaibu', para que os primeiros socorros fossem prestados.
Com vontade de adotar a criança, ele disse que ela foi transferida para um hospital infantil no Cabo de Santo Agostinho. "A galera está de parabéns, tratou a criança super bem, ela está bem. Daqui ela vai para a Maternidade São Geraldo, em Ponte dos Carvalhos, vai passar 10 dias internada só para saber se está tudo bem", conta Luiz Paulo. "Criei uma conexão muito forte desde o momento que vi ela ali no lixo. Quero fazer de tudo para que eu possa adotar", complementa.
Sem identificação
Luciano Luiz, um dos conselheiros tutelares que estão acompanhando a situação, afirma que a família da criança não foi identificada. "A gente ainda não sabe. A partir do momento em que o conselho tutelar for acionado, ele vai até o hospital saber se a criança está bem. Estando bem, ela será encaminhada ao recanto da criança e do adolescente", frisa o conselheiro, afirmando que depois desse processo a Justiça cuidará do caso.
O bebê foi ocorrido e ficará internado em uma maternidade do município por 10 dias, sob observação.