ASTRONOMIA

Superlua em Pernambuco: Observatório da Sé disponibiliza telescópios para ver o fenômeno

O Observatório da Sé, em Olinda, está disponibilizando cinco telescópios para o público visualizar a Superlua de Morango, na noite desta terça-feira (14)

Cadastrado por

Amanda Azevedo

Publicado em 14/06/2022 às 19:23
Superlua de Morango vista da Grécia, nesta terça-feira (14) - ANGELOS TZORTZINIS / AFP

Com Agência Brasil

O Observatório da Sé, em Olinda, está disponibilizando cinco telescópios para o público visualizar a Superlua de Morango, na noite desta terça-feira (14), até as 20h. O espaço está localizado na Rua Bispo Coutinho, no Alto da Sé.

A Superlua de Morango agrega dois momentos astronômicos: a Lua na fase cheia e no ponto da sua órbita mais próximo da Terra.

"É um termo popular, que na astronomia chamamos de Lua Cheia de Perigeu. Isso acontece quando a Lua ao girar em volta da Terra, em órbita elíptica, vai ter um momento no mês que vai passar mais próxima da Terra e vai ter momento que ela vai se afastar mais. Como os objetos parecem maiores quando estão mais perto ou menores quando estão mais longe, a Lua também. Mais perto da Terra, parece que ela fica um pouco maior, e quando coincide dela passar pelo perigeu e de ser lua cheia, então temos a Superlua, ou Lua Cheia de Perigeu’’, explica Rodolfo Langui, coordenador do Observatório Didático de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru.

Veja ao vivo a Superlua de morango

O canal Pedalando com a Ciência, no YouTube, vai transmitir ao vivo a Superlua de Morango. Acompanhe abaixo

Por que o nome é Superlua de Morango?

O nome Superlua de Morango é uma referência aos povos originários dos Estados Unidos à época da colheita dos frutos.

Lua de Morango e outros nomes como Lua do Lobo, Lua de Mel, tem origem nas culturas indígenas da América do Norte, dos Estados Unidos. Estes nomes foram inicialmente usados por lá e devido à globalização, ouvimos também por aqui. Mas, são culturais. A cor da Lua não muda. A não ser que a pessoa esteja observando a Lua nascendo no horizonte Leste ou se pondo no horizonte Oeste. Neste momento, não só a Lua, mas qualquer astro quando fica próximo do horizonte, tem um tom mais avermelhado, alaranjado, devido à atmosfera da Terra.’’, explica.

Neste sentido, Langui diz que observar a Lua hoje ao pôr do Sol, pode ser um excelente espetáculo.

"Você vai esperar o Sol se pôr e olhar para o horizonte Leste, que é o momento em que a Lua estará nascendo. É uma das mais belas visões da astronomia. Mas, ela vai ficar no céu a noite toda. Se tiver um binóculo, melhor ainda"

Para este mês de junho, ainda tem conjunção dos planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno que já é possível ser observada a olho nu. No dia 24, o ápice, com a Lua se juntando ao alinhamento dos cinco planetas.

Quando é a próxima Superlua?

O coordenador do Observatório de Bauru lembra que para quem perder a Superlua desta terça-feira, pode se programar para a próxima, prevista para 13 de julho.

‘’O céu traz para nós lindas lições de vida. A gente tem muito que aprender com a astronomia, observando o céu. Faz a gente refletir sobre a nossa vida, a nossa existência aqui na Terra, o único planeta – que sabemos – que consegue sustentar a vida’’, reflete o astrônomo.

Que tal estender um pouco as comemorações do dia dos namorados? A dica é levar seu amor ao Observatório da Sé para ver a superlua da terça-feira, dia 14. A partir das 18h30, estarão disponíveis cinco telescópios para o público contemplar a Lua e registrar a fotos em seus celulares. Uma superlua ocorre quando a lua está no perigeu, ou seja, no ponto mais próximo do centro do nosso planeta. A próxima superlua ocorrerá no dia 13 de julho.

A Lua chega à fase Cheia às 08h51. Isso ocorre quando o Sol e a Lua estão alinhados em lados opostos da Terra, resultando na iluminação de toda a superfície lunar que está voltada para o nosso planeta.

São também nas luas cheias, ou novas, que ocorre a diferença mais significativa entre a maré alta e a maré baixa. Durante essas fases, as forças gravitacionais da Lua e do Sol se combinam para puxar a água do oceano na mesma direção. São as marés vivas ou marés de sizígia.

O Observatório da Sé funciona de terça a domingo, das 16h às 20h.

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS