Jovens do Pina e de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, terão uma aula sobre o ecossistema do mangue, na próxima sexta-feira (29). Os inscritos vão percorrer de barco trechos importantes do manguezal e entender melhor sua relevância e como atuar para proteger a região.
A ação, uma iniciativa do Instituto JCPM com o RioMar, terá como orientador o pesquisador e professor adjunto da Universidade de Pernambuco (UPE) Clemente Coelho Júnior, estudioso que é referência no assunto.
O encontro entre jovens e a universidade é para marcar o Dia Mundial de Proteção aos Manguezais, celebrado esta semana.
Ao todo, quatro barcos da Z1 – primeira colônia de Pescadores do Recife – partirão, às 7h40, da Associação de Pescadores de Brasília Teimosa para essa imersão sobre a temática.
Manguezais têm grande relevância para a proteção da zona costeira, além de contribuírem com a qualidade da água, absorção de carbono. Também têm importância econômica para os moradores do seu entorno, de onde muitos tiram sua renda.
Jovens matriculados nos cursos do IJCPM puderam se inscrever para participar da aula-campo que deve durar cerca de duas horas.
“Esses jovens crescem vendo o mangue e muitas das suas famílias sobrevivem graças à pesca e ao mangue. Queremos juntar esse conhecimento de convivência com o da universidade porque ambos são relevantes para a preservação dos mangues”, comenta Carlos Duarte, Coordenador do IJCPM.
O estudioso Clemente Coelho ministra aulas de Gestão Ambiental, Planejamento Ambiental, Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável, Ecologia de Manguezais, Métodos de Estudos em Biodiversidade. Tem experiência na área de Ecologia de ambientes costeiro-marinhos e Educação Ambiental e atua, sobretudo, com temas como ecologia, conservação e gestão da Zona Costeira com ênfase no ecossistema manguezal. É associado fundador e presidente voluntário da entidade sem fins lucrativos Instituto BiomaBrasil.
Outra iniciativa que marca esta semana é a Oficina de Compostagem Orgânica, com orientação sobre construção de uma composteira caseira, com carga horária de 8 horas e uma visita técnica à produção industrial da Berso, um projeto de autoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).