MOBILIDADE

Recife deve ganhar nova ponte para ligar a Zona Sul à Zona Oeste. Saiba onde

A informação foi dada em reunião na última quinta-feira (28) no Grêmio Recreativo da Urb Recife (Gramurb)

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Katarina Moraes

Publicado em 02/08/2022 às 15:10 | Atualizado em 03/08/2022 às 15:44
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A Prefeitura do Recife anunciará, em breve, uma nova ponte que ligará o bairro de Areias, na Zona Oeste da cidade, ao da Imbiribeira, na Zona Sul. A informação foi dada em reunião na última quinta-feira (28) no Grêmio Recreativo da Urb Recife (Gramurb).

Estiveram presentes na ocasião os vereadores Chico Kiko (PP) e Professor Mirinho (SD). Este último destacou a aprovação do projeto no plenário da Câmara Municipal do Recife nessa segunda-feira (1º).

"Foi a primeira reunião dizendo como seria essa ponte, como ficaria o translado e como ela seria construída. A ponte terá duas faixas de veículos, duas ciclovias (uma de cada lado), com calçadas amplas para garantir a mobilidade dos pedestres”, disse ele.

Ao JC, ele afirmou que o equipamento vai da Avenida Tapajós até a Avenida Engenheiro Alves de Souza.

“Essa construção vai melhorar a mobilidade, qualidade de vida, e o tempo que levaria por essas ruas citadas para chegar na Avenida Recife, ou da Avenida Recife para a Avenida Mascarenhas de Morais", opinou Mirinho.

Um novo encontro será feito nesta quarta-feira (3) para discutir a obra, que está no papel há mais de 40 anos e, para executá-la, será preciso fazer desapropriações de residências na região.

O aviso de licitação da ponte ainda não foi publicado no Diário Oficial do Município. Ainda há questões a serem respondidas pelo poder municipal: quanto custará a ponte, quando as obras vão iniciar e quando o serviço será entregue à população.

Em nota ao JC, a assessoria de imprensa da Prefeitura do Recife informou apenas que o projeto "está em fase de estudos".

Os detalhes sobre a obra

Na quarta-feira (3), a reportagem do JC teve acesso exclusivo a detalhes do projeto da ponte. Por enquanto, está prevista a desapropriação de 76 imóveis na região - 43 na Avenida Tapajós e 33 na Avenida Engenheiro Alves de Souza - para a construção. Desses, nove são imóveis com 1º andar.

Segundo a apresentação, a ponte deve ter 335 metros de extensão, quatro faixas de rolamento (duas em cada sentido), ciclofaixa bidirecional de 2,3km em toda a via, 15 novas paradas de ônibus e requalificação das calçadas para garantia da acessibilidade, como piso tátil direcional e de alerta, além de faixas de pedestres e travessias em nível.

REPRODUÇÃO/GOOGLE STREET VIEW
Simulação de onde pode ser construída a nova ponte do Recife - REPRODUÇÃO/GOOGLE STREET VIEW

Pretende-se embutir a rede de telecomunicações, remanejar drenagem, o abastecimento de água e a coleta de esgoto para a faixa de rolamento, requalificar a rede de iluminação pública e o pavimento e replantar 261 árvores, totalizando arborização com mais de 350 árvores.

A gestão também pretende fazer obras complementares de urbanismo, paisagismo e acessibilidade, além de um espaço de convivência na Avenida Tapajós.

Com a construção da ponte, que ainda não teve orçamento ou prazo para início das obras divulgados, a Prefeitura do Recife estima que haja uma redução de cerca de 40% no tempo de deslocamento e de 42% nas distâncias percorridas, comparando o deslocamento entre a Universidade Salgado de Oliveira (Universo) e o Condomínio Ignez Andreazza.

"Talvez a maior ponte que o Recife vai ter"

O prefeito João Campos (PSB) afirmou em 7 de julho que anunciaria ainda no segundo semestre "talvez a maior ponte que o Recife vai ter" - que certamente não é a Areias-Imbiribeira, que é considerada pequena em comparação a outras já existentes na cidade.

"No segundo semestre a gente vai estar anunciando outra grande ponte na cidade, talvez a maior ponte que o Recife vai ter. É mais um sonho realizado no Recife, que há mais de 15 anos não fazia uma grande ponte", pontuou o gestor municipal.

Atualmente, está em execução a Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, que ligará o Monteiro à Iputinga. As obras foram retomadas pela gestão atual em setembro de 2021 após sete anos paralisadas, mas enfrentam resistência de moradores. Isso porque o projeto prevê a desapropriação de 53 casas da Vila Esperança-Bodocó, uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis) da cidade.

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