A sétima edição do Pedalando Contra as Drogas ocorreu depois de dois anos de espera em razão da pandemia da covid-19. O passeio, que reúne mais de 50 grupos de pedais da Região Metropolitana do Recife, tem a mensagem de salvar vidas. Este ano, a estimativa dos organizadores foi de reunir 2,5 mil ciclistas, mesmo número da última edição realizada em 2019.
A concentração do passeio foi na Avenida Alfredo Lisboa, no Bairro do Recife, no vão do Museu Cais do Sertão, onde foi montada uma estrutura para inscrições, entregas de camisas do passeio e um café da manhã reforçado com cuscuz para quem ia participar do evento, com saída até Boa Viagem, na Zona Sul.
A programação prevista para sair às 8h teve um atraso de 1h20 em razão de uma maratona organizada pelo Exército também no Bairro do Recife, em comemoração ao bicentenário da Independência. Antes da saída do trio elétrico animando os competidores, houve uma apresentação dos meninos e meninas da Orquestra Oásis da Liberdade (AOL), a ONG que completou 29 anos e atua na política de prevenção de drogas.
“Nosso objetivo é salvar vidas e esse passeio é uma forma de integrar os ciclistas, que ajudam a divulgar essa mensagem e também colaboram com a compra da camisa e da doação de um quilo de alimento”, explicou Adriana Eustáquio, diretora da AOL.
Na comissão de frente do passeio, três paratletas do Recife sem Barreiras usaram as mãos no lugar dos pés em bicicletas adaptadas: Luiz Fernando Braga, 46 anos, Antônio Olímpio, 46, e Hugo Leonardo, 39 anos.
“É a primeira vez que participo e estou gostando muito de toda essa energia e ajudar a divulgar essa causa contra as drogas”, destacou Olímpio.
Nos momentos mais difíceis da corrida eles receberam ajudam dos ciclistas. O percurso inicial era de 19km, mas em razão do atraso da largada, o trajeto foi encurtado em cerca de 2km. No lugar de fazer o ponto de retorno na Praça de Boa Viagem, a virada ocorreu na altura do Segundo Jardim, pela Rua Artur Muniz. Na orla, eles receberam água e descansaram antes de fazer o caminho de volta.
“Acho esse trabalho muito importante e participar do Pedalando é uma forma de ajudar e ao mesmo tempo de lazer”, explicou a ciclista Kátia da Silva, 35 anos, que participa pela segunda vez da edição do Pedalando.
Os ciclistas participaram do passeio com camisas deste e de outros anos, mas teve gente que também se uniu ao percurso, mesmo sem ter feito a inscrição.
“Todos os ciclistas são bem vindos ao Pedalando para reforçar essa importante mensagem de combate às drogas”, destacou Adriana Eustáquio.
Entre as ações do Pedalando Contra as Drogas estão os trabalhos desenvolvidos com crianças de duas comunidades do Recife: Santo Amaro e Linha Férrea, cada uma com cerca de 100 crianças. A faixa etária é de 6 a 16 anos com ações nas áreas de esportes, música, letramento e cidadania. As crianças e adolescentes também recebem um lanche por turno.