Demissão

Paulo Câmara diz que saída de Moro fez 'revelação preocupante'

Sergio Moro pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública no fim da manhã desta sexta-feira (24)

Bruna Oliveira
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Bruna Oliveira
Publicado em 24/04/2020 às 13:39 | Atualizado em 24/04/2020 às 14:15
Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
Sergio Moro ao lado do governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) - FOTO: Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem

Após o, agora, ex-ministro Sergio Moro anunciar demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública em entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (24), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) disse que a saída do ex-juiz fez "revelação preocupante".

Em sua conta no Twitter, Paulo comentou sobre a demissão de Moro e disse que nesse momento de pandemia do novo coronavírus, que tem uma crise crescente, é "inaceitável a insistência em criar problemas".

"É inaceitável a insistência em criar problemas, diante de uma crise crescente, que ameaça a vida das pessoas. Serenidade e responsabilidade são princípios imprescindíveis. As ações em favor do povo brasileiro merecem respeito e priorização", publicou.

O governador continuou fazendo críticas por meio da rede social e disse que "enfrentar uma pandemia demanda ação conjunta e integrada, a começar pelo governo nacional".

"O país precisa de instituições fortes, de soluções que só podem vir da construção democrática, conduzida por valores republicanos. Enfrentar uma pandemia já é desafio suficiente, demanda ação conjunta e integrada. A começar pelo governo nacional", disse.

 

 

Paulo ainda demonstrou preocupação diante do pronunciamento de Moro sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "A saída do Ministro Moro evidencia a instabilidade do governo federal, mas preocupa também por outra revelação contundente: a ameaça de ingerência política nas ações policiais", escreveu.

 

Demissão

Moro anunciou sua demissão do governo federal após a decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal (PF).

O comando da PF estava sendo ocupado por Maurício Valeixo, amigo e braço direito de Moro. Mas ele foi "exonerado a pedido", nesta manhã.

Desde 2019, Bolsonaro já ameaçava trocar o comando da PF para, assim, ter controle maior sobre a atuação da polícia.

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