Politicos reagem a decisão do STF de investigar atos pró-ditadura militar

O ministro Alexandre de Moraes, autorizou a abertura de inquérito para investigar as manifestações a favor da ditadura que contaram com a presença do presidente Jair Bolsonaro
Douglas Hacknen
Publicado em 21/04/2020 às 19:58
A regra não vale para ministros como Celso de Mello e Alexandre de Moraes, que se revezam criticando o governo Foto: JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL


Após autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para que a PGR (Procuradoria Geral da República) investigue os atos pró-ditadura realizados no último domingo (19), politicos repercutiram o assunto em suas redes sociais durante nesta terça-feira (21). No entanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o do Senado, Davi Alcolumbre, ambos do DEM, não se pronunciaram via redes sociais.

O senador pernambucano Humberto Costa (PT) e a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) se pronunciaram sobre o assunto em suas contas no Twitter. Humbrerto argumentou que pessoas que pedem o fechamento do STF e do Congresso Nacional necessitam ser fechado em cela. "Não é possível mais ter tolerância com fanáticos que investem contra a democracia. Especialmente, quando entre eles está o presidente da República", escreveu o senador.

O ministro Alexandre de Moraes, autorizou a abertura de inquérito para investigar as manifestações que contaram com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no ato realizado em Brasília. O pedido de investigação foi feito na segunda-feira (20) pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

O objetivo de Aras é apurar uma possível violação da Lei de Segurança Nacional por "atos contra o regime da democracia brasileira por vários cidadãos, inclusive deputados federais, o que justifica a competência do STF". Sem sitar o presidente, Aras aformou que "o Estado brasileiro admite única ideologia que é a do regime da democracia participativa. Qualquer atentado à democracia afronta a Constituição e a Lei de Segurança Nacional", acrescentou o procurador-geral.

Gleisi questionou a não incrementação do nome de Bolsonaro no inquérito e afirmou que não é normal o presidente participar de atos contra a democracia. "Isso cheira a golpismo e como PGR, você não pode fazer vista grossa e nem ser seletivo no seu trabalho. Está lembrando um certo engavetador...", finalizou se referindo ao jurista Geraldo Brindeiro, procurador entre os anos de 1995 a 2003.

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