Thalis Araújo
Publicado em 18/05/2020 às 21:16
Com informações do UOL
O médico Italo Marsili, cotado para assumir o Ministério da Saúde, já colocou no seu currículo que morou nos Estados Unidos com o escritor Olavo de Carvalho, entre 2007 e 2008. A informação consta no cadastro de Marsili no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que foi atualizado pela última vez em 2012. O médico passou a ser uma das figuras mais faladas por pessoas próximas a Bolsonaro para assumir o posto deixado na última sexta-feira (15) por Nelson Teich.
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No local onde deve escrever a sua identificação, o médico falou sobre sua graduação em Medicina pela UFRJ e cita também que "morou com Olavo de Carvalho (Filósofo) nos EUA - Virgínia (2007 - 2008)". O escritor é considerado o "guru" do presidente Bolsonaro (sem partido).
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Nesta segunda-feira (18), Marsili postou uma imagem no seu Instagram se referindo ao governo de Jair Bolsonaro. "Uma coisa ninguém pode negar: Nunca houve uma mobilização popular para a escolha de um ministro. O governo Bolsonaro - chorem - é o governo mais democrático da história", disse.
Na legenda da foto, Italo deixou o suspense no ar: "Aterrizo em Brasília em breve. A mídia não para de me ligar. Veremos o que sairá nas próximas horas".
No último fim de semana, o nome do psiquiatra carioca Ítalo Marsili circulou entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais depois que o médico afirmou em que está disponível para assumir o cargo.
Marsili é formado em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, apesar de dizer exercer a psiquiatria, não possui registro de qualificação de especialista (RQE).
Desde que Marsili iniciou a campanha para assumir o cargo de ministro da Saúde, vídeos de suas redes sociais vieram à tona e causaram alvoroço no Twitter. Em um deles, o médico relata ter curado um paciente pedófilo sugerindo-o que saísse com garotas de programa com traços infantis para que, progressivamente, se interessasse por mulheres mais velhas.
Em outra live com Pedro Delfino, que se apresenta como “escritor, católico, conservador, de direita”, no último dia 7 de maio, Marsili falou de temas que iam do “plano chinês de hegemonia global” ao aborto e à política no Vaticano. E chegou a afirma que um "papa negão" não funcionaria. Internautas o acusaram de racismo.
Também circulou pelas redes uma entrevista para o canal Brasil Paralelo, no qual o médico afirma que a democracia grega, na qual as mulheres não tinham direito ao voto, foi a única que funcionou na história. Na madrugada do último domingo (17), a hashtag #ItaloMarsiliMinistrodaSaúde ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter.
Quem é Ítalo Marsili