Relatório da PF indicou vazamento de informações de Operação Furna da Onça

Queiroz, o assessor de Flávio Bolsonaro, era alvo de investigação na Operação Furna da Onça
Estadão Conteúdo
Publicado em 26/05/2020 às 13:15
As mudanças na Polícia Federal estão no centro das acusações do ex-ministro Sergio Moro Foto: Foto: Agência Brasil


Relatório da Polícia Federal que indiciou os alvos da operação Furna da Onça apontou suposto vazamento de informações sigilosas, indicando a existência de um informante chamado de "amigo" pelos investigados e que teria como "ajudar a monitorar a ação dos investigadores".

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Entre os indiciados nesta operação estão os ex-presidentes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Paulo Melo e Jorge Picciani, o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-líder do governo Edson Albertassi - todos do MDB.

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"É importante destacar os fortes elementos que apontaram o vazamento de informações da presente investigação, quando da deflagração da operação policial, o que demonstra que a orcrim (organização criminosa) continua tendo 'tentáculos' que podem alcançar órgãos de investigação, demonstrando que são atuais e graves as consequências da articulação criminosa dos investigados", escreveu a delegada da PF do Rio, Xênia Ribeiro Soares, no relatório final preliminar da Furna da Onça.

O relatório, datado de 5 de dezembro de 2018, foi enviado ao Ministério Público Federal e ao Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2). As suspeitas de vazamento, no entanto, tornaram-se de conhecimento público no dia seguinte à deflagração da operação.

Em 2019, a PF abriu nova investigação, mas foi encerrada sem indicar a origem dos vazamentos. O caso foi retomado semana passada, após o empresário Paulo Marinho afirmar que ouviu do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que um delegado da PF do Rio "simpatizante" da família Bolsonaro teria vazado dados da Furna da Onça, entre o primeiro e o segundo turno das eleições.

Flávio classificou a acusação de "invenção" e disse que Marinho tem interesse em prejudicá-lo, já que é seu suplente no Senado e pré-candidato do PSDB à prefeitura do Rio.

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O relatório final preliminar da Furna da Onça lista pelo menos cinco fatos descobertos com a deflagração da operação, em 8 de novembro de 2018, que indicavam, já naquela ocasião, a atuação dos investigados para destruir provas, atrapalhar a apuração e a ação da Justiça.

 

 

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