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Decotelli diz que foi questionado por Bolsonaro sobre currículo e segue ministro da Educação

Com a posse adiada pelo governo depois de reveladas incoerências em seu currículo, o novo ministro reuniu-se com Bolsonaro nesta segunda-feira (29). Decotelli teve títulos de doutor e pós-doutor questionados e foi alvo de denúncia de plágio no mestrado
Estadão Conteúdo
Publicado em 29/06/2020 às 20:20
Assinatura do ato de nomeação de Decotelli, no dia 25 de junho Foto: MARCOS CORRÊA/PR


Com informações do G1

Com a posse adiada pelo governo depois de reveladas incoerências em seu currículo, o novo ministro da educação, Carlos Alberto Decotelli, reuniu-se com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta segunda-feira (29). Em entrevista na porta do Ministério da Educação (MEC) após o encontro, ele disse que foi questionado pelo mandatário a respeito de sua formação acadêmica, negou que tenha cometido plágio na dissertação do mestrado e respondeu que continuará ocupando o cargo.

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Desde que foi anunciado como novo ministro da Educação, Decotelli passou a ter as informações de seu currículo questionadas. O título de doutor foi questionado por Franco Bartolacci, reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina que disse que Decotelli não conclui o doutorado. "Cursou o doutorado, mas não o concluiu, pois lhe falta a aprovação da tese. Portanto, ele não é doutor pela Universidade Nacional de Rosário, como chegou a se afirmar".

Segundo o novo ministro, o presidente afirmou que o assunto do doutorado está "resolvido".

Ele [Bolsonaro] perguntou: 'Como é essa questão de detalhe acadêmico e doutorado, pós-doutorado, pesquisa de mestrado? Como é essa estrutura de inconsistência?'. Ele queria saber o que é isso, então, eu expliquei a ele", relatou Decotelli.

O pós-doutorado na Alemanha também passou a ser debatido após a universidade fornecer informações diferentes das que constam no currículo do ministro.

Denúncia de cópia no mestrado

No sábado (27), a dissertação de mestrado do ministro também foi colocada sob suspeita após o economista Thomas Conti apontar, no Twitter, possíveis indícios de cópia no trabalho, de 2008. Ele citou trechos na dissertação idênticos a um relatório do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A FGV informou que vai investigar a suspeita de plágio.

Nesta segunda (29), sobre a denúncia, o ministro respondeu o seguinte: "É possível haver distração? Sim, senhora. Hoje, a senhora tem mecanismos para verificar, softwares, se a senhora teve ou não inconsistência. Mas naquela época, pela distração..." Em seguida, um jornalista questionou: "Não houve plágio, então, ministro?", e Decotelli disse: "Não houve plágio porque o plágio é considerado quando o senhor faz 'control C, control V'. E não foi isso."

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