O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que a pré-candidatura do deputado federal Túlio Gadelha deve "ter uma posição definitiva de hoje para amanhã" depois que o partido receber uma pesquisa de opinião encomendada a Datamétrica sobre a intenção de voto à Prefeitura do Recife. Segundo ele, após receber a pesquisa ocorrerá uma conversa com Túlio que "tem um grande valor", é um "deputado jovem, guerreiro e cria do PDT".
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Além de Túlio, o PDT tem como pré-candidata a prefeitura do Recife, a advogada e ex-secretária de Habitação da gestão socialista da Prefeitura do Recife, Isabella de Roldão. Lupi não citou o nome de Isabella durante a entrevista, mas disse ter um "carinho e respeito por João Campos", que é o pré-candidato do PSB à sucessão do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB). "Estamos tentando construir um caminho de convivência harmoniosa e quem for para o segundo turno deve apoiar o outro", afirmou se referindo às futuras parcerias que podem ser construídas, para o próximo pleito, entre o PDT, o PSB e o Cidadania. A entrevista aconteceu numa live transmitida, nesta segunda-feira (24) à noite, pelo Blog do Magno.
Ao ser questionado sobre o fato de políticos tradicionais do PDT em Pernambuco, como Wolney Queiroz e Zé Queiroz, não apoiarem a pre-candidatura de Túlio, ele afirmou que os Queiroz "são de Caruaru" e que o "ideal era ter todo o bloco junto: o PDT, PSB e a Rede", mas isso "não dá certo por causa da realidade local". A pré-candidatura de Isabella conta com o apoio dos Queiroz.
A eleição do Recife também passa por uma questão que é prioridade para o PDT em nível nacional: a candidatura a presidente do ex-ministro Ciro Gomes em 2022. "Realmente, acho Ciro, o mais bem preparado", contou Lupi. Segundo ele, o partido vem tentando construir uma frente alternativa que se contraponha ao bloco da direita formado pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo ex-ministro Sérgio Moro e pelo governador de São Paulo, João Dória. Nesse caso, "no segundo turno poderíamos juntar os mais semelhantes".
Durante uma hora de live, Lupi fez várias críticas ao presidente da República a quem chamou de "profeta da ignorância". E argumentou: Não se vê um gesto de solidariedade às famílias. Não está vendo os milhares que perderam a vida e os milhões de infectados", se referindo as vítimas da pandemia do coronavírus. "A proposta de Bolsonaro era de dar R$ 200 por pessoa no auxílio emergencial. Quem aumentou para R$ 600 foi o Congresso Nacional", lembrou Lupi, acrescentando que a prorrogação do auxílio emergencial vai dar uma "sobrevida" a Bolsonaro. "Vai pegar o dinheiro e transformar no Renda Brasil. Vai fazer um colchão de proteção eleitoral. Não deixa de ser compra de voto, mas ninguém pode criticar a carência do eleitor", falou. Em outro trecho da entrevista, ele aconselhou o eleitor que está necessitado a pegar o dinheiro do auxílio emergencial e tentar votar no candidato que achar melhor.
E, por fim, atestou: "Somos o único País do mundo no qual o presidente diminui a queda de popularidade, porque ficou calado. É uma pessoa completamente sem o eixo. Não sei o que pode acontecer com essa figura exótica da política nacional". Ele estava se referindo a Jair Bolsonaro.
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