Mesmo com o período de convenções partidárias batendo na porta, marcado para começar na próxima segunda-feira (31), parte da oposição no Recife ainda não decidiu as alianças que estarão a frente das eleições municipais de 2020. Essa indefinição quanto a unificação da oposição fez a pré-candidata, delegada Patrícia Domingos (Podemos), escolher avançar sozinha na corrida eleitoral pela Prefeitura do Recife.
Em entrevista a reportagem do JC, Patrícia fincou seu nome como pré-candidata pelo Podemos e relatou que tentou diálogo com a oposição, mas que o debate não avançou."A gente tentou esse diálogo com a oposição durante 4 meses e essas conversas não avançaram. Passaram-se muitos meses nessa indefinição e a gente entendeu que era o momento do projeto avançar", contou.
Inclusive, o pré-candidato Mendonça Filho (DEM), também em conversa com a reportagem, afirmou que a decisão de Patrícia ocorreu de forma unilateral dentro do grupo.
A delegada ainda assim frisou que mantém diálogo com a oposição para possíveis alianças, mas reiterou que sua candidatura foi oficializada pelo partido e que manterá seu nome em projeto majoritário no Recife. A assessoria da delegada ainda não confirmou data para a convenção partidária que lançará sua candidatura.
"Na política a gente sabe que outros fatores, outros diálogos podem acontecer, mas hoje eu estou na condição de pré-candidata. A pré-candidatura foi oficializada pelo partido e avalizada pela presidente nacional do Podemos".
Seguindo o mesmo posicionamento da delegada, outros dois partidos que também ocupam o campo da direita e que também não pretendem abrir mão de suas pré-candidaturas, são os do deputado estadual Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) e do deputado estadual Alberto Feitosa (PSC). No caso do primeiro, o PRTB oficializará sua candidatura na convenção partidária, marcada para segunda-feira (31).
Enquanto isso, os pré-candidatos Daniel Coelho (Cidadania) e Mendonça Filho (DEM), ainda pregam pelo diálogo dentro da oposição para que se chegue a um denominador comum sobre a definição de qual chapa poderá representar o grupo nas eleições.
Questionada sobre o fato de que concorrer sem apoio de outros partidos poderia impactar em seu tempo de TV nas propagandas eleitorais, Domingos se mostrou tranquila e disse apostar nas redes sociais para complementar o tempo.
"Eu acredito que o tempo de TV perdeu uma grande parte da sua essencialidade em razão do mundo virtual ter tomada uma proporção tão grande. As redes sociais vão ter um alto impacto, e eu acredito que elas possam complementar esse tempo de TV pequeno que teremos se seguirmos sozinhos."