Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) disse que o presidente Jair Bolsonaro acertou na condução econômica durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19), que ainda afeta o Brasil e o mundo.
Nesta terça-feira (1º), em Brasília, Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro. Deverão ser pagas mais quatro parcelas no valor de R$ 300,00. Para Fernando Bezerra, a prorrogação do auxílio encerra o período de emergência no Brasil.
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“O Brasil sai protegido de uma grave crise e todos vão se surpreender com os dados da economia até o final do ano, porque o país acertou, o presidente Bolsonaro acertou. Alguns falavam em retração de 10% ao final do ano, mas a retração será menor que 4,5%. E o Brasil cria as condições, com a retomada da sua agenda de reformas, de ter um forte crescimento no ano que vem”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com ministros e parlamentares da base do governo, no Palácio da Alvorada, para alinhar as próximas ações do governo na área econômica e tratar da prorrogação do auxílio, que é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados.
O benefício começou a ser pago em abril, e foi estabelecido em três parcelas de R$ 600. Em junho, por decreto, o governo prorrogou o auxílio por mais duas parcelas, no mesmo valor. E agora, com mais quatro parcelas, em valor menor, o benefício vai se estender até o final do ano.
“Resolvemos prorrogá-lo, por medida provisória, até o final do ano”, disse Bolsonaro, em declaração à imprensa após a reunião. “O valor, como vínhamos dizendo, R$ 600 é muito para quem paga e podemos dizer que não é o valor suficiente para todas as necessidades [das famílias], mas basicamente atende”, disse.
O senador aposta na retomada da agenda de reformas econômicas do governo federal no Congresso e acredita haver "sintonia" para isso. “O presidente Bolsonaro comunicou as decisões de hoje aos presidentes Rodrigo Maia (da Câmara) e Davi Alcolumbre (do Senado) e existe uma sintonia muito boa entre o Poder Executivo e Poder Legislativo para que a gente possa retomar essa agenda de reformas que se iniciou no ano passado com a Reforma da Previdência”, disse.
Na quinta-feira (3), o governo vai encaminhar o projeto da reforma administrativa ao Congresso, que terá como base a meritocracia. Bolsonaro destacou que a medida não atingirá os atuais servidores públicos, apenas os futuros concursados.
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a retomada das reformas é uma importante sinalização do compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e o enfrentamento da crise econômica causada pela pandemia da covid-19.
“Então, a reforma administrativa é importante, não atinge os direitos dos servidores públicos atuais, mas redefine toda a trajetória do serviço públicos do futuro, um serviço público de qualidade, com meritocracia, concursos exigentes e promoção por mérito. Estamos não só com os olhos na população brasileira a curto prazo, mas toda a classe política está pensando no futuro do país e implementando as reformas”, disse o ministro.
Cerca de 4,4 milhões (6,5%) de domicílios brasileiros sobreviveram, em julho, apenas com a renda do auxílio emergencial pago pelo governo federal para enfrentar os efeitos econômicos da pandemia de covid-19. Entre os domicílios mais pobres, os rendimentos atingiram 124% do que seriam com as rendas habituais, aponta estudo publicado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A ajuda financeira também foi suficiente para superar em 16% a perda da massa salarial entre as pessoas que permaneceram ocupadas, segundo a análise que usa como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).