Os candidatos a vice-prefeito do Recife ainda são pouco conhecidos pelo eleitorado da capital pernambucana. Segundo dados da segunda rodada da pesquisa Ibope/JC/Rede Globo, divulgada nesta quinta-feira (15), apenas 13% dos entrevistados afirmaram conhecer o vice do candidato a prefeito que pretende votar no próximo dia 15 de novembro.
Os que afirmaram não conhecer os vices somam 73%. Outros 2% ainda não decidiram o candidato e 12% não sabem ou não responderam. A segunda rodada da pesquisa Ibope/JC/Rede Globo foi realizada entre os dias 13 e 15 de outubro de 2020, sendo a primeira após início do guia eleitoral. Foram entrevistados 1001 votantes do Recife. A margem de erro máxima estimada é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número PE08776/2020.
O desconhecimento dos vices vem em meio a um movimento de nomes como Mendonça Filho (DEM), que investe na exposição de sua candidata a vice, Priscila Krause (DEM). A democrata já apareceu sozinha em inserções eleitorais e apareceu antes mesmo de Mendonça no primeiro guia eleitoral, que foi transmitido no último dia 9 de outubro.
Para o cientista político Arthur Leandro, Mendonça está correto em ampliar o espaço para Priscila em sua campanha para conseguir chegar a um eleitor mais jovem e que queira renovação. "Mendonça tem que mostrar Priscila, os outros não tem nada a ganhar em mostrar seus vices, mas ele tem. Priscila tem mais popularidade e menor rejeição que ele. Como Mendonça não fala com o eleitor mais jovem, que está ávido por renovação, a imagem dela dá esse recado. Então, mostrar, ou não, um vice faz lógica dependendo de quem seja esse vice", comentou.
Já a cientista política Priscila Lapa enfatiza que a questão do vice "nunca foi um fato essencial" em campanha eleitoral, seja ela presidencial, estadual ou municipal. "A não ser quando tem casos de brigas muitos específicas, que na campanha anterior, o vice rivaliza com o candidato. Nesse caso, o vice não soma, se ele não atrapalhar tá de bom tamanho. Tem muita expectativa na composição da chapa para quem irá ocupar esse posto, mas na prática, historicamente, as campanhas mostram que vice não é fator decisivo", explicou.
Ainda segundo o levantamento, o desconhecimento dos vices fica dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais entre homens e mulheres. Entre eleitores do gênero masculino, 71% afirmaram não conhecer os vices, enquanto 14% disseram conhecer. Já no eleitorado feminino, o desconhecimento é de 74% e o conhecimento de 12%.
Quando o recorte se dá sobre faixa etária, o público entre 45 e 54 anos é o que mais conhece os vices, são 16%, contra 65% que afirmaram desconhecer. Já no eleitorado mais jovem, o desconhecimento dos candidatos a vice chega a 78% para aqueles entre 16 e 24 anos. Nesse segmento, 13% afirmaram conhecer os postulantes.