Sabatinado pela Rádio Jornal nesta segunda-feira (19), o candidato a prefeito de Paulista, Fábio Barros (PDT) afirmou que pretende criar um banco popular na cidade, para que o município ofereça recurso a pequenos empreendedores a partir de programas com parcerias. O programa de governo de Fábio Barros é baseado na criação de uma cidade inteligente, projetado para 10 anos de desenvolvimento do município.
O candidato Fábio Barros explicou que o projeto de governo baseado na criação de uma cidade inteligente projetado para 10 anos é para que possa atingir todo o potencial da cidade. "O projeto nacional pensado por Ciro Gomes foi a inspiração para que pudéssemos pensar no projeto de desenvolvimento. Não podemos pensar no plano para quatro anos, porque é pensamento político, que trabalha com plano eleitoral. Pensamos como gestores, que possa atingir todo o potencial que Paulista possa oferecer, independente se daqui a quatro anos estarei ou não como prefeito", contou.
Questionado sobre projetos mais urgentes que a cidade necessita como, por exemplo, falta de saneamento em alguns bairros, transporte público, Barros desviou e respondeu que os recursos utilizados para a implantação da smart city serão do governo federal. "Apesar de ser um plano para 10 anos, tenho consciência das propostas para os primeiros quatro anos. Ano passado, o governo federal teve nas suas contas R$ 4,8 bi em investimento em novas tecnologias e a implantação de cidades inteligentes. As cidades não viram nada disso porque ele não colocou em prática. Não vai sair um real de recurso do município (para a implantação da smart city). O que apresentamos é para trazer políticas de saúde pública, educação, políticas sociais", afirmou.
Ainda batendo no ponto da necessidade dos cidadãos, questionado como o candidato pretende atrair o eleitor, já que sonha com uma "Paulista perfeita" e o cidadão está precisando de outros serviços, Fábio ressaltou que uma cidade só muda quando desenvolve o campo econômico. "O eixo central da nossa proposta é o emprego. Não adianta falar de saneamento, que vai fazer melhor na educação, na saúde. Em cada 100 pessoas que moram em Paulista, apenas 10 tem emprego formal, 90 são informais ou estão desempregados", explicou.
O candidato também falou da necessidade de mudar o modal das kombis, que é o transporte alternativo da cidade para micro ônibus. "Ao invés de transportar 1 milhão e 300 mil passageiros em kombis, que revela apenas 10% da população, passaríamos para 3 milhões de passageiros no mês, garantindo o transporte dessas pessoas e deixando no município hoje algo em torno de R$ 700 mil a R$ 1 milhão só de tributos da passagem, porque elas não são tributadas. Hoje, o que se recolhe das kombis é 434 mil por ano. Teríamos algo em torno de quase 10 milhões por ano de recurso que pode ser voltado diretamente à formação de pessoas e capacitação".
Sobre a orla de Paulista, o candidato ressaltou que os 14 quilômetros precisam ser bem utilizados, e falou sobre a ausência das políticas públicas no âmbito. "Não consigo desassociar desenvolvimento turístico de cultura. Nenhum governo que tem litoral e separou desenvolvimento turístico de cultura deu certo. Paulista tem um potencial de cultura incrível, mas não é associado pelo poder público que temos vários artistas que não são tão conhecidos e não tem oportunidade de se apresentar. No Janga, temos grande oportunidade de instalação de ponto cultural para atrair pessoas, estabelecer uma convivência das pessoas com o ambiente que traga uma feira. Mais de 25o comerciantes da orla estão sem nenhum apoio para que os ambientes que trabalham sejam em condições de atender o turista".
"Vamos criar o banco popular, recurso do município que deve ser destinado a pequenos empreendedores a partir de programas acompanhados pelo Sebrae, Senai e até mesmo Senac, dependendo da atividade econômica que esse pequeno empreendedor vai utilizar e com pouco recurso, não precisa de muito, mas o suficiente para incentivar e requalificar pequenos pontos de comércio. Vai ajudar Paulista a manter essa ação, que já é feita pelos comerciantes", pontuou.
No caso do saneamento, com relação ao novo marco do saneamento, Barros disse que no município já existe uma parceria público-privada para sanear a região. "Antes mesmo do marco, já existe um processo de privatização. Desse contexto, tem alguns momentos que eu concordo e outro não. O bairro do nobre hoje, por exemplo, tem uma ineficiência absurda de saneamento, porque expandiu, mas não tem saneamento no local. Pode se cobrar do privado, a constituição vai construir sistema de saneamento em todo o bairro".