Em confronto com outros seis postulantes do Recife, o candidato a prefeito do Recife pelo PSL, Carlos reforçou a proposta de parceria público-privada na gestão. No debate da TV Jornal transmitido nesta terça-feira (10), faltando apenas cinco dias para a votação, o candidato mirou seus ataques no PT e no PSB, tratando questões de que a gestão da esquerda "há mais de 20 anos vem dando errado" no Recife. A pesquisa do Ibope/JC/Rede Globo publicada na última segunda-feira (9), mostrou que Carlos segue com a mesma margem de 1% das intenções de voto.
Dividido em três etapas, ao início da primeira delas os candidatos tiveram que responder o motivo pelo qual queriam ser prefeito do Recife. O candidato comentou ser nascido e criado na capital e explicitou que nunca foi político e nem exerceu nenhum cargo público. "Sou advogado há mais de 16 anos, sou igual a você, meu amigo, minha amiga, que não aguentava mais essa velha forma de fazer política as msm mentiras lorotas de sempre. Mas não se iluda, política se muda de dentro, por isso aceitei esse desafio de dar a você a nova opção e dizer que não é normal o posto de saúde só ter um médico por semana. O recifense merece despertar, acordar. Vamos juntos fazer dessa cidade mais justa honesta e mais moderna".
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Em pergunta à candidata Marília Arraes (PT) sobre como o recifense pode esperar que os mesmos atos de uma gestão de esquerda possa gerar resultados diferentes, Carlos conceituou como "insanidade" votar em um modelo que "já se provou falho para todo mundo, inclusive aqui no Recife, onde, há mais de 20 anos vem dando errado, dos quais, 12 administrados pelo PT, seu partido".
Por sua vez, Marília explicou que tem uma "forma de fazer diferente". "Vamos fazer muito mais, vamos retomar as conquistas, zerar a fila de creches, investir de verdade em habitação, tirar as pessoas das palafitas, é essa a forma que nós temos de governar. Carrego as duas histórias, de Lula e Arraes mas sobretudo tenho minha própria trajetória, meu próprio caminho, minha própria responsabilidade", disse.
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Na réplica, Carlos alfinetou, "o interessante é a gente notar que durante os 12 anos da gestão do PT, nada disso aconteceu". O advogado ressaltou que a gestão de esquerda e do PT afastam as iniciativas privadas. "Nosso modelo de gestão é o exato oposto que o PT defende. Nós queremos trazer a iniciativa privada para perto, porque com a iniciativa privada que a gente vai viabilizar efetivamente os projetos, tirar projetos do papel, não deixar só na conversa, na promessa. Nós vamos trazer a iniciativa privada que vai trazer o VLT urbano, que vai fazer com que os recifenses possam cruzar a cidade de forma digna, rápida, é com a iniciativa privada que vamos poder colocar em prática o nosso projeto do lixo, vamos transformar o lixo em energia, o lixo em vida", pontuou.
Marília insistiu na proposta de um estado forte, "que a prefeitura possa atuar diretamente na vida das pessoas, como não está fazendo". "Na nossa prefeitura vai ser diferente. Nós vamos favorecer toda a prefeitura, vamos investir em áreas chaves que são necessárias, na educação, na saúde, nas obras estruturais e levar desenvolvimento para as pessoas, investir na geração de emprego e renda, auxiliar aquelas pessoas que estão desempregadas Sem dúvida alguma é a melhor maneira de se gerir uma cidade, com a prefeitura forte chegando junto das pessoas".
No embate com o candidato Charbel (Novo), ao ser perguntado em como defende pautas liberais "mas ao mesmo tempo gasta milhões do fundo eleitoral. Como isso pode ser renovação, usando coisa da velha política para se eleger?".
Carlos investiu e apontou que a pauta de Charbel é "quase como um monotema para quem assiste seu guia", e explicou como é funciona o fundo eleitoral. "Esse financiamento eleitoral antigamente era feito a partir de grandes empresas que financiavam as campanhas, mas depois cobravam, e quantos casos de corrupção ocorraram por conta disso? As empresas financiavam, mas depois cobravam a conta. Hoje, esse financiamento tem que ser feito através do fundo eleitoral ou doações de pessoas físicas. A sua campanha (de Charbel) teve doações de pessoas físicas, mas não vou insinuar que depois virão acompanhadas de certos tipos de cobrança. Sou, sim, liberal. Sempre defendi a pauta da desburocratização do estado grande e gordo, que não anda, não se locomove. Quanto maior for o estado, menor sua eficiência, diminuindo a máquina pública".
Charbel sustentou, ainda, a ideia do financiamento eleitoral utilizado por Carlos. "O que é o fundo partidário ou fundo eleitoral? É o dinheiro que os caciques dão para os seus afiliados ou gastam em benefício próprio". Então, Carlos ironizou "mais um minuto que Charbel teve para não propor nada". "Do ponto de vista federal, o financiamento de campanha tem que ser feito através do fundo eleitoral para evitar corrupção, e é contra elas que lutamos".
No segundo bloco, Carlos teve a oportunidade de perguntar a candidata Delegada Patrícia (Podemos) o motivo dela querer tirar o Recife do Consórcio Grande Recife. Na ocasião, Patrícia explicou que a proposta é municipalizar o transporte público e criticou o Consórcio. "Um Consórcio de empresas cujo o dinheiro que ganha é vermelho do sangue dos trabalhadores, um Consórcio gerido pelo governo do Estado, que há mais de 20 anos são as mesmas empresas em monopólio prestando serviço de péssima qualidade. A ideia é restabelecer as linhas diretas nos bairros para que o morador pegue ônibus direto ao centro, fazendo as pessoas gastarem menos tempo. Vamos regularizar as licitações e exigir ônibus climatizados".
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Na réplica, Carlos afirmou que a proposta da Delegada é "irresponsável". "Hoje, há conceito metropolitano que envolve lixo, esgoto. Recife joga lixo no tratamento de Candeias, imagina se fechar? Com relação à mobilidade, trazemos a solução do VLT urbano, cruzando todo o Recife".
Na tréplica, Patrícia apontou que o candidato "nunca andou de ônibus" e, por isso, "chama a proposta de irresponsável". "Irresponsável é manter o transporte com um Consórcio que só beneficia as empresas e não usuários. Quem lucra são as empresas. Vamos trazer o transporte para a prefeitura e terá gestora punho de ferro, que vai exigir que empresas prestem serviços de qualidade".
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Ao ser questionado pelo candidato João Campos (PSB) sobre o novo marco do saneamento, "que privilegia as áreas mais ricas que podem colocar em risco as áreas mais pobres", Carlos pondera, "a gente já inicia com uma dificuldade conceitual". "Meu amigo, minha amiga, existe saneamento onde você mora? Essa é a formatação da esquerda que vinha assim até hoje. Com o novo marco, vamos poder trazer investimentos privados para resolver o problema do saneamento para a sua casa".
"A questão conceitual que envolve os governos de esquerda é que eles não querem o privado perto, mas só com o privado perto é que a gente vai resolver o problema das pessoas. Temos essa proposta e uma política habitacional que, por si só, já vai fazer reduzir em muito as questões de saneamento. Existe o conceito da velha política de que é exatamente contra esse conceito que a gente insurge, de que o que está de baixo da terra, não dá voto. Então, os antigos políticos mofados de antigamente não se preocupavam com saneamento, mas vamos nos preocupar", disse, em relação a campanha de João Campos ser ligada a "velhos políticos".
Nas considerações finais, Carlos pediu que o eleitor não deixe que as pesquisas influencie no voto. "Pesquisas não ganham eleição. O que ganha eleição é o voto e só, você define em quem votar. Nas últimas eleições vimos muito isso acontecer, candidatos supostamente mal avaliados nas pesquisas e quando as urnas se abriam, surpreendiam a todos e até ganharam as eleições. Vote naquele candidato que você acredita, naquele candidato que trouxe ideias novas, inovadoras e que podem, efetivamente mudar a sua vida. Não permita que essas pesquisas influenciem todos os resultados, a gente traz o VLT elevado, a transformação do lixo em energia, vida, a oportunidade de você criar a nossa própria creche. O momento é do novo, naquele momento mágico onde só estiver você e a urna, aperte 17 e te garanto a mudança vai acontecer".
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