O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro no Senado, defende rebate as críticas de que o governo federal seria insensível diante do agravamento da pandemia da covid-19. O parlamentar também fez algumas ponderações sobre a adoção de medidas mais restritivas para conter o avanço da doença, afirmando que o presidente da República também tem defendido “o outro lado da moeda”, com relação aos setores produtivos mais atingidos durante esse período de fechamento.
“Qualquer decisão que implique a restrição de atividades produtivas, deve ser precedida por um amplo debate e diálogo, para que você possa conciliar a necessidade de preservação dos empregos e rendas, para que as famílias sustentem suas necessidades.”, pontuou Coelho. “Por outro lado, temos que ponderar a oferta de leitos na rede pública e privada, sobretudo de leitos de UTI para atender a população acometida pelo coronavírus”, complementou o senador, em entrevista à Rádio CBN Caruaru, nesta sexta-feira (19).
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Ainda segundo o senador pernambucano, o governo federal teria feito transferências expressivas para ajudar os estados e municípios a enfrentar a crise sanitária e econômica, em todo o País. “Então essa crítica não procede, ele tem sido muito sensível e feito transferência de recursos importantes para que não falte o atendimento na ponta”, afirmou.
Em Pernambuco, a quarentena estabelecida desde a quinta-feira (18) e que seguirá até o dia 28 de março, recebeu inúmeras críticas de empresários e comerciantes. Eles afirmam que não houve diálogo prévio com os setores que serão atingidos diretamente. Sobre essa questão, Fernando Bezerra Coelho, voltou a defender que o presidente Jair Bolsonaro se coloca contra o “lockdown”, porque os governadores e prefeitos adotam esse tipo de medida sem discussão prévia com os setores produtivos.
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“Nós temos que buscar um ponto de equilíbrio. A decisão do STF retirou um pouco o papel de centralização dos planejamentos e ações do governo federal, e empoderou os governadores e prefeitos para medidas de enfrentamento. O que aprendemos é que é preciso sentar a mesa, retirar questões ideológicas e paixões políticas, para ter o mínimo de organização entre União, estados e municípios”, declarou Bezerra Coelho.
Sobre as vacinas, o parlamentar reforça a intenção do Ministério da Saúde em vacinar toda a população brasileira até o mês de dezembro. “Queremos acelerar a previsão de vacina e acredito que o mês de abril será mais favorável”, pontuou Fernando Bezerra Coelho. Ele cita as produções da Fiocruz e do Instituto Butantan, que podem alcançar a marca de 20 milhões de doses.
Questionado sobre o futuro do seu grupo político, em meio às especulações de que seu filho, o prefeito de Petrolina Miguel Coelho (MDB), possa disputar o Governo do Estado em 2022, o senador preferiu não comentar sobre o tema. "As questões das eleições serão tratadas no momento correto, hoje nossos esforços e concentração estão voltados para a crise sanitária e o plano econômico social. Posso apenas dizer que atuamos no campo de oposição ao Governo do Estado, e tem lideranças que surgem que representam uma nova geração como Miguel Coelho, Raquel Lyra (PSDB), Anderson Ferreira (PL). Em função do trabalho que eles vêm desenvolvendo, é evidente que existe uma atenção voltada para eles, que tiveram votações expressivas”, declarou.
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