PANDEMIA

Bolsonaro diz que ministro da Saúde prepara parecer desobrigando uso de máscara por vacinados ou já infectados pela covid-19

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (10) ter conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre o assunto

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Estadão Conteúdo

Publicado em 10/06/2021 às 19:28 | Atualizado em 10/06/2021 às 19:35
COVID Recomendação da OMS é que máscara só seja suspensa quando não houver mais circulação do vírus - EVARISTO SA / AFP

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (10) ter conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que seja preparado um parecer desobrigando pessoas vacinadas ou que já tenham sido contaminadas a usarem máscaras. A proteção evita a propagação do novo coronavírus, que é transmitido pelo ar.

"Acabei de conversar com um tal de Queiroga. Não sei se vocês sabem quem é", disse Bolsonaro. "Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscaras por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar este símbolo segurando uma máscara descartável na mão que tem a sua utilidade para quem está infectado", completou durante evento realizado pelo Ministério do Turismo, em Brasília.

 
 
 
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Antes de falar, no entanto, o presidente usava o acessório ao lado de ministros. Bolsonaro, na sequência, repetiu as críticas ao protocolo do Ministério da Saúde que orienta pessoas contaminadas a ficarem em casa. "Não aquele 'fica em casa todo mundo'. A quarentena é para quem está infectado. Não é para todo mundo, porque isso destrói empregos", afirmou.

Segundo o presidente, apesar da pandemia, o País "teima em dar certo". "O Brasil não é mais o País do futuro. É o País do presente. Durante a pandemia, o turismo foi para a lona. Vimos voos internacionais cancelados, fronteiras fechadas, a circulação interna bastante afetada por decisões de governadores e o turismo foi para a UTI sim, mas saiu de lá", completou, elogiando o trabalho do ex-ministro do Turismo na sua gestão Marcelo Álvaro Antônio, indiciado por suspeita de envolvimento em esquema de candidaturas laranjas.

CPI da Covid

Durante o discurso, Bolsonaro criticou novamente os trabalhos da CPI da Covid no Senado e disse que não está preocupado com a sua popularidade. Segundo o presidente, o colegiado tem "humilhado" os médicos aliados ao Planalto que depõem. "Para a CPI, médico que me orienta é gabinete paralelo".

O presidente também comunicou que pedirá ao líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) para que oficie o Tribunal de Contas da União (TCU) a investigar a porcentagem de óbitos de covid-19 no País. Na última semana, o presidente citou documento feito por servidor do órgão que dizia que os óbitos por covid-19 poderiam estar superdimensionados em mais de duas vezes. O servidor foi afastado e a informação veiculada no documento, desmentida pelo órgão.

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