Em paralelo a reprovação da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com 56%, segundo levantamento da pesquisa Datafolha, a atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a crescer. De acordo com o instituto, consideram o desempenho dos ministros do tribunal ruim ou péssimo 33% dos entrevistados, ante 24% que avaliam a atuação deles como boa ou ótima.
Segundo a publicação do jornal Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (12), para 36%, a avaliação é regular, e outros 7% não souberam responder. Na pesquisa anterior em que esse tema foi abordado, em agosto de 2020, a reprovação era de 29%, ante 27% que consideravam o trabalho dos magistrados ótimo ou bom.
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A diferença de quatro pontos percentuais na reprovação entre as duas pesquisas é o limite máximo da margem de erro, portanto uma situação improvável de estabilidade na prática. Na quarta (7) e quinta-feira (8) da semana passada, o Datafolha ouviu presencialmente 2.074 pessoas em 146 municípios de todo o país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
A pesquisa Datafolha também aponta que o alto índice de rejeição aos ministros é maior entre os apoiadores de Bolsonaro, o que resulta em uma avaliação negativa de 49%. Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, a rejeição à atuação dos ministros do Supremo também é alta entre homens (37%), entrevistados com escolaridade de nível superior (41%) e aqueles que não pretendem se vacinar contra a Covid (46%).
No recorte regional, há mais reprovação à corte no Sul —região conhecida por ser mais simpática ao bolsonarismo— do que no Nordeste: 37% a 30%. Já a avaliação positiva do Supremo vai a 27% quando considerados apenas entrevistados com escolaridade de nível fundamental e a 28% entre assalariados sem registro. Quando considerados somente entrevistados que dizem ter o PT como partido de preferência, a taxa de ótimo/bom dos ministros vai a 31%.
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