Jair Bolsonaro internado: Veja como foi a madrugada do presidente em hospital de São Paulo
O presidente foi transferido do Hospital das Forças Armadas, em Brasília, para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na noite da quarta (14)
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), segue internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, nesta quinta-feira (15). Ao longo do dia, ele passará por uma nova bateria de exames médicos, acompanhado pelo cirurgião Antonio Luiz de Macedo, que o operou em 2018 após a facada durante a campanha eleitoral. Bolsonaro chegou à unidade de saúde, que fica na Zona Sul da capital paulista, por volta das 19h30. Antes, estava no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília.
- Com Bolsonaro internado e Mourão no exterior, quem assume a presidência do Brasil?
- Relembre as cirurgias do presidente Jair Bolsonaro desde a facada
Segundo a assessoria de imprensa do Vila Nova Star, a equipe constatou que não será necessária uma nova cirurgia, pelo menos por enquanto. "O presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador", diz o boletim, divulgado na noite da quarta (14).
Um novo boletim sobre o estado de saúde de Bolsonaro é esperado para esta quinta. Ainda não há previsão de alta médica. O presidente apresenta um quadro de obstrução intestinal, que ocorre quando as fezes do paciente não conseguem passar pelo intestino em decorrência de uma interferência em seu trajeto, como pela presença de bridas intestinais, tumores ou uma inflamação.
Nesses casos, o paciente pode ter sintomas como dificuldade para evacuar ou eliminar gases, inchaço na barriga, náuseas, vômitos, diminuição do apetite e dor abdominal. No caso de Bolsonaro, o presidente apresentou uma crise de soluços e dores abdominais, de acordo com o que foi informado oficialmente.
Na quarta-feira, uma mensagem no Twitter de Bolsonaro pediu orações e tranquilizou os apoiadores. "Estaremos de volta em breve, se Deus quiser. O Brasil é nosso", diz a publicação.
Transferência de hospital
Na noite de quarta-feira (14), Bolsonaro foi transferido do Hospital das Forças Armadas, em Brasília, para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Ele está com obstrução intestinal e dores no abdômen.
A decisão de transferir o presidente foi do médico Antônio Luiz Macedo, responsável pela cirurgia de Bolsonaro no fim de 2018, após ele ser atingido por uma facada na campanha eleitoral.
Na capital paulista, o presidente passou por exames clínicos, laboratoriais e de imagem que descartaram, inicialmente, a necessidade de realização de cirurgia. Após Bolsonaro dar entrada no Vila Nova Star, a unidade de saúde informou que ele permanecerá em intenso "tratamento clínico e conservador".
- Confira o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro, que teve diagnóstico de obstrução intestinal
- Bolsonaro relaciona facada na campanha de 2018 ao PT e ao PSOL, sem provas, ao ser internado
- Flávio Bolsonaro diz que pai está bem e médico pediu que família ficasse tranquila
- Bolsonaro fica internado em São Paulo para 'tratamento clínico conservador', diz boletim
De acordo com Antônio Luiz Macedo, "toda situação de obstrução intestinal tem sua gravidade". Apesar disto, "muitas vezes com jejum, hidratação e medicação o quadro reverte sem a necessidade de cirurgia". Ainda não há previsão de alta.
Bolsonaro sentia incômodos desde a semana passada, e apresentava uma crise de soluços que já durava mais de 10 dias. Na última quinta, durante a tradicional live realizada pelo gestor do Executivo nas redes sociais, ele chegou a se desculpar. "Estou há uma semana com soluços, talvez eu não consiga me expressar adequadamente".
Veja a nota do hospital na íntegra:
"O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi transferido na noite desta quarta-feira para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal. Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o Presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador"
O texto é assinado pelos médicos Antônio Luiz Macedo (cirurgião-chefe), Ricardo Camarinha (cardiologista), Leandro Echenique (clínico e cardiologista), Antônio Antonietto (diretor médico do hospital) e Pedro Henrique Loretti (diretor-geral do hospital).