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'Hoje, o meu nome está colocado como pré-candidata ao Governo de Pernambuco', diz Marília Arraes sobre 2022

O PT negocia atualmente uma aliança nacional com o PSB que poderia fazer com que os petistas não tivessem candidato próprio ao Executivo estadual. Alguns nomes do partido, porém, acreditam que pode haver desfechos diferentes para essas conversas

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Renata Monteiro

Publicado em 10/09/2021 às 18:40 | Atualizado em 10/09/2021 às 18:47
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Mesmo com o senador Humberto Costa (PT) tendo afirmado que a deputada federal Marília Arraes (PT) tentaria reeleger-se para a Câmara em 2022, a parlamentar afirmou, nesta sexta-feira (10), que já informou ao ex-presidente Lula (PT) que deseja disputar o Governo de Pernambuco nas próximas eleições e que desprenderá todos os esforços necessários para isso. Hoje, o PT negocia uma aliança nacional com o PSB que poderia fazer com que os petistas não tivessem candidato próprio ao Executivo estadual. Alguns nomes do partido, porém, acreditam que pode haver desfechos diferentes para essas conversas: a indicação, pelo PT, de um nome para disputar o Palácio do Campo das Princesas pela Frente Popular ou o apoio de Lula a dois palanques, um petista e outro socialista.

"Hoje, o meu nome está colocado como pré-candidata ao Governo do Estado, é isso que a gente tem em mente. E as chances de a gente ter essa candidatura em 2022 são maiores do que em 2018. Fiquem atentos, muito dizem que a aliança com o PSB já está certa, mas não está. Eu estou na estrada e a gente tem um cenário nacional e local que favorecem muito mais ao PT ter uma candidatura própria. Hoje eu sou pré-candidata, já coloquei meu nome à disposição do partido e vamos seguir com esse projeto, sempre alinhados com as diretrizes que o presidente Lula determinar", detalhou Marília, durante entrevista à Rádio Clube.

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Humberto Costa também afirmou que já se colocou à disposição do PT para a disputa ao Governo de Pernambuco e disse que entraria no pleito até mesmo pela Frente Popular. Nos bastidores, membros da coligação liderada pelo PSB dizem que, apesar dos problemas que os socialistas têm enfrentado para definir quem encabeçará a chapa do grupo no ano que vem, muito dificilmente o partido apoiará um nome de fora para governador.

Há rumores, ainda, de que os petistas poderiam entrar na composição com os socialistas ocupando a vaga ao Senado na chapa, e nomes como o do deputado federal Carlos Veras, do ex-secretário Dilson Peixoto e da própria Marília começaram a ser ventilados para a posição. "O PSB sabe que não tem um nome que seja eleitoralmente forte e fica tentando enfraquecer nomes que têm chances de vencer a eleição, inclusive o meu. O PSB tenta pregar a versão de que a gente não vai ter candidatura, de que o presidente Lula vai apoiar eles, porque precisam se agarrar na força política dele. Se houver uma pesquisa hoje, você vai ver que 60% do eleitorado pernambucano diz que vota em quem o presidente Lula indicar. Ele tem uma força muito grande. (...) Esse negócio de Senado é pra me enfraquecer, é para isso que o PSB fica plantando essa história", pontuou a deputada federal.

Ainda falando sobre a sua pretensão de disputar o governo estadual, Marília diz estar engajada com o projeto e que fará de tudo para vê-lo se concretizar. "Eu espero que a gente possa disputar o Governo do Estado. Não é novidade para ninguém que essa é a minha intenção, as pesquisas mostram que há um cenário favorável, apesar de ser muito cedo ainda para a gente fazer essa análise, e estamos esperando toda essa instabilidade do cenário nacional passar, pois a nossa prioridade deve ser tirar Bolsonaro da presidência da República. (...) Mas vou desprender todos os meus esforços para conseguir ser candidata. Essa decisão vai estar nas mãos do presidente Lula. Temos conversado, já me coloquei à disposição dele e enquanto isso eu tenho trabalhado, andado pelo Recife, pela Região Metropolitana e no interior do Estado. Vou ter bebê no começo do ano, mas depois que ela nascer a gente descansa um mês e volta para a luta de novo", declarou.

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