Investigada pela CPI da Covid, a Precisa Medicamentos se tornou alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira (17), na sede da empresa. As ordens judiciais foram solicitadas pela CPI e autorizadas pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os mandados também são cumpridos em endereços em Barueri, na Grande São Paulo, em escritórios da empresa e locais de armazenamento de distribuição de produtos.
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A Precisa é a empresa que intermediou as negociações entre o governo federal e a farmacêutica indiana Bharat Biotech para a aquisição da vacina Covaxin, um contrato R$ 1,6 bilhão, posteriormente cancelado depois que foi colocado sob investigação na comissão do Senado.
Por meio de nota, a CPI da Covid explicou que a operação destina-se à busca e apreensão de informações relativas ao contrato entre a Precisa Medicamentos e a Empresa Indiana Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados a este contrato.
O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, escreveu sobre a operação em seu perfil no Twitter: "a CPI tentou de todas as formas obter essas informações e não logrou êxito. Fez-se necessário, para prosseguimento das apurações, a utilização deste instrumento judicial".
"Desde às 06h de hoje (17), a Polícia Federal realiza operação de BUSCA E APREENSÃO na sede da PRECISA COMERCIALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS LTDA., nos endereços Avenida Tamboré, nº 267, 28º andar, Barueri - SP e Avenida Portugal, nº 1100, Bairro Itaqui, Itapevi – SP.
A operação é cumprimento de solicitação realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal para apurar ações e omissões no enfrentamento da Pandemia da COVID-19 no Brasil (CPI da Pandemia), sob decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, através de sua Excelência, o Ministro Dias Toffoli.
A operação destina-se à busca e apreensão de informações relativas ao contrato entre a Precisa Medicamentos e a Empresa Indiana Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados a este contrato.
A CPI buscou de todas as formas obtenção dessas informações junto à Empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, se fez necessária a utilização deste instrumento judicial."
Senador Omar Aziz (Presidente da CPI da Pandemia)
Senador Randolfe Rodrigues (vice-presidente)
Senador Renan Calheiros (Relator)