PROJETO DE LEI

Novo feriado nacional? Senado aprova homenagem a Irmã Dulce, primeira santa brasileira; entenda

O projeto ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados e, caso aprovado, ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro para só assim entrar em vigor

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Amanda Azevedo, Marcelo Aprígio

Publicado em 23/11/2021 às 7:36 | Atualizado em 23/11/2021 às 7:55
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A Comissão de Educação do Senado Federal aprovou um projeto de lei que cria mais um feriado no Brasil. A nova data se daria em homenagem a Santa Dulce dos Pobres. O projeto, de autoria senador Angelo Coronel (PSD-BA), ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados e, caso aprovado, ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro para só assim entrar em vigor.

Inicialmente, o feriado teria como data 13 de outubro, quando Irmã Dulce foi canonizada, mas o relator do projeto, senador Flávio Arns (Podemos-PR), propôs uma alteração para 13 de março, data em que ela morreu. Segundo ele, esse dia já é tradicionalmente voltado à lembrança de Irmã Dulce na Bahia.

Irmã Dulce foi canonizada em outubro de 2019 e é a primeira santa genuinamente brasileira. Conhecida como "Anjo Bom da Bahia", Santa Dulce dos Pobres tem o dia 13 de agosto como data oficial de celebração.

Trajetória da santa

Nascida em 1914 em Salvador, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, que ficou conhecida como "anjo bom da Bahia", enfrentou as rígidas regras de enclausuramento da Igreja Católica para prestar assistência a comunidades pobres de Salvador, trabalho que realizou até a morte, em 1992.

Foto: Acervo Obra Social Irmã Dulce
Irmã Dulce - Foto: Acervo Obra Social Irmã Dulce

Ingressou na vida religiosa como noviça na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em São Cristóvão (SE). Em Salvador, passou a se dedicar a ações sociais. Em 1959, ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio e improvisou uma enfermaria para cuidar de doentes. Foi o embrião das Obras Sociais Irmã Dulce, que atualmente atende uma média de 3,5 milhões de pessoas por ano.

Irmã Dulce teve dois milagres reconhecidos pelo Vaticano. Em 2001, orações em seu nome teriam feito parar a hemorragia de uma mulher de Sergipe que padeceu por 18 horas após dar à luz o seu segundo filho. Em 2014, o maestro baiano José Maurício Moreira voltou a enxergar após 14 anos de cegueira.

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