O pré-candidato a governador de Pernambuco, João Arnaldo (PSOL), criticou, nesta quarta-feira (20), a escalada da violência no Estado. Em sua fala, o advogado pontuou a desconstrução das ideias do programa de segurança pública Pacto pela Vida, tido com um dos marcos das gestões do PSB. “A atual gestão desconstruiu o Pacto Pela Vida em vez de fazer evoluir. O resultado é a explosão da violência”, disparou o psolista.
“O homicídio em Pernambuco é uma epidemia, uma tragédia social gravíssima. Quando você junta isso com a fome, o desemprego e a falta de habitação, não faz sentido essa inanição política que estamos vivendo por conta da omissão do Estado em fazer algo mais robusto para reverter esse cenário”, destacou. “O que temos é praticamente um Pacto Pela Morte entre o governo e a oposição tradicional, que na prática defendem o mesmo tipo de política", complementou.
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Para João Arnaldo, entender o cenário em que a violência disparou passa pelo diálogo com a população, mas longe dos arranjos eleitorais. Ele cita como exemplo a discussão sobre o armamento das guardas municipais - tema presente nas eleições de 2020. Segundo Arnaldo, as propostas de pré-candidatos ao governo do Estado em torno dessa questão, são "populistas".
“Não vamos reverter esse quadro com populismo penal, com o discurso fácil de defender o armamento da população ou das guardas municipais. Armar a guarda municipal é criar uma Polícia Militar paralela desconectada da PM do Estado, que já é desconectada da Polícia Civil, que já é desconectada da Polícia Federal. Não há planejamento nem uso de inteligência policial. Ninguém se entende, ninguém conversa e quem gosta disso é o crime organizado”, finalizou.
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