Em busca de apoio entre policiais, Miguel Coelho diz que Paulo Câmara 'dividiu a categoria' e não valoriza a tropa

Em vídeo publicado nas suas redes, Miguel afirma ser possível fazer mais na segurança pública e citou ações voltadas à área que desenvolveu em Petrolina durante os cinco anos em que esteve à frente da prefeitura
Renata Monteiro
Publicado em 13/04/2022 às 18:13
Miguel Coelho é ex-prefeito de Petrolina e pré-candidato ao Governo de Pernambuco Foto: AYRTON LATAPIAT/DIVULGAÇÃO


Pré-candidato a governador e ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil) usou as redes sociais nesta quarta-feira (13) para se dirigir diretamente aos efetivos das polícias civil e militar de Pernambuco e criticar ações do governador Paulo Câmara (PSB) relacionadas à categoria. Segundo o político sertanejo, que já recebeu do presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado apoio à sua campanha, o socialista teria "dividido" o grupo com as políticas voltadas para ele nos últimos anos e não valorizaria a tropa.

"O Governo do Estado pode até querer enganar a população de Pernambuco, mas você, policial militar que está nas ruas, na ponta do combate à criminalidade, sabe bem que não se vive de propaganda e não se faz segurança pública apenas com promessas. O Pacto pela Vida foi abandonado há muito tempo, sabemos disso. Desde 2017 que a insatisfação na tropa só faz crescer. Há cinco anos, em vez de valorizar os praças da PM do nosso Estado, o governador do PSB anunciou um tal de 'plano de remuneração', e o que aconteceu na prática? O governo dividiu a categoria e quebrou a paridade na corporação. Mas os salários continuam defasados", afirmou Miguel, para logo em seguida perguntar: "Nesses oito anos, a tua vida melhorou, seja em casa ou no batalhão? Você está satisfeito com o tratamento que recebe?"

Em resposta às críticas de Miguel, o deputado estadual governista Tony Gel (PSB) afirmou que o governador tem um relacionamento "excelente" com os policiais civis e militares do Estado e que todas as decisões tomadas ao longo do mandato do chefe do Executivo foram tomadas "no sentido de melhorar as condições de trabalho" da tropa. "O que temos que observar é os mandatos de Paulo Câmara não foram fáceis, ele pegou o governo em 2015, no meio de uma crise, houve o impeachment, e agora a pandemia. Administrar dessa forma não é para qualquer um, é necessário serenidade e isso é algo que Paulo tem de sobra, tanto que passou por isso tudo e ainda manteve as contas do Estado no azul, com as folhas de pagamento todas em dia", justificou o parlamentar.

"A oposição precisa entender que estados ricos como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, por exemplo, passaram por enormes dificuldades nesse período, mas Pernambuco não teve isso. É preciso muito zelo, muita determinação e competência para isso ser possível. Os nossos policiais estão sendo muito bem cuidados pelo governo", completou o deputado.

No vídeo publicado nas suas redes, Miguel Coelho também afirma ser possível fazer mais do que o que foi feito até o momento e citou ações voltadas à segurança pública que desenvolveu em Petrolina durante os cinco anos em que esteve à frente da prefeitura. "Em Petrolina, desenvolvemos um trabalho que serve como referência positiva para todo o Estado. A Guarda Municipal foi reestruturada, com aquisição de equipamentos. Colete à prova de bala, pistolas novas, viaturas e reforço em mais de 70% no efetivo. Criamos a ronda ostensiva municipal, a patrulha ambiental e a patrulha da mulher. Investimos para viabilizar o auxílio de mais de R$ 2 mil para custear e permitir que o servidor comprasse novos fardamentos de proteção", detalhou.

Miguel não foi o único pré-candidato ao governo a atacar a segurança pública de Paulo Câmara hoje. Mais cedo, em entrevista à CBN Recife, Raquel Lyra (PSDB) disse que "o Pacto pela Vida que existia na época de Eduardo acabou" e questionou o Executivo estadual sobre promessas não cumpridas, além de obras paradas, falta d'água nas torneiras, estradas sem manutenção, entre outros problemas.

À tucana, o Tony Gel disse que a adversária tenta "esconder seu palanque ao não debater sobre o futuro do Brasil" e que o Estado "atravessou as diversas crises que assolaram o país de cabeça erguida, garantindo a prestação de serviços à população e com os salários dos servidores em dia".

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