Eleições 2022

Apostando em concessões, Miguel Coelho diz que pretende triplicar investimentos em Pernambuco

Conforme informações repassadas pelo postulante a governador, nos últimos sete anos o Estado investiu, em média, R$ 800 milhões por ano, mas ele acredita ser possível elevar esse montante para R$ 3 bilhões

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Renata Monteiro

Publicado em 13/05/2022 às 13:47 | Atualizado em 13/05/2022 às 13:48
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Durante debate na Associação Comercial de Pernambuco na manhã desta sexta-feira (13), Miguel Coelho (UB), pré-candidato a governador, afirmou que pretende triplicar o volume de investimentos públicos e atrair o capital privado para projetos de infraestrutura caso seja eleito. Conforme informações repassadas pelo postulante, nos últimos sete anos o Estado investiu, em média, R$ 800 milhões por ano, mas ele acredita ser possível elevar esse montante para R$ 3 bilhões, desde que parcerias com o setor privado sejam potencializadas.

"O investimento público deve ser o indutor do desenvolvimento, um fator de multiplicação do investimento privado, para que, de forma sinérgica, a gente possa gerar melhorias. Com os R$ 3 bilhões que queremos investir, vamos agregar o investimento privado", detalhou Miguel.

Ainda segundo o ex-prefeito de Petrolina, sua ideia é criar um programa de concessões para viabilizar uma maior eficiência da máquina estadual. "Pernambuco tem o pior abastecimento de água do Brasil, e a metade da água produzida e gerada se perde no caminho", observou o pré-candidato, citando a Compesa, que arrecada cerca de R$ 2 bilhões por ano, como exemplo.

Segundo ele, esse problema poderia ser resolvido com a concessão dos serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto. A estatal, por sua vez, ficaria responsável apenas pela produção e tratamento da água.

"A concessão desses serviços vai gerar R$ 8 bilhões para novos investimentos, que se somarão aos R$ 4 bilhões que o estado dispõe para os próximos quatro anos", explicou a equipe do ex-gestor, através de nota.

No bate-papo na associação, Miguel destacou também que, segundo o Banco Mundial, o ambiente de negócios em Pernambuco é pior do Brasil, o que refletiria, segundo ele, "a burocracia, a ineficiência, a insegurança jurídica e a política de arrocho fiscal do governo estadual".

"O Estado não só engessou, mas entrou num viés altamente burocrático e ineficiente, arrochando ainda mais a política fiscal para toda a cadeia produtiva. Nosso estado tem uma carga tributária perversa, principalmente para o pequeno e o médio empresário. Queremos um Pernambuco mais competitivo, mais leve, ou seja, menos burocrático, mais eficiente e transparente", completou o pré-candidato.

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