Transporte público

Para Raquel Lyra, cobrança de Paulo Câmara a Bolsonaro mostra que o governador é 'sócio do sucateamento do metrô'

Na visão da ex-prefeita de Caruaru, apesar de a gestão do metrô ser responsabilidade da União, os governos do PSB foram negligentes com o sistema de transporte nos últimos anos

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Renata Monteiro

Publicado em 19/05/2022 às 15:29 | Atualizado em 19/05/2022 às 17:22
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Depois de Anderson Ferreira (PL) criticar as recentes cobranças que o governador Paulo Câmara (PSB) fez ao governo federal, relacionadas aos problemas atuais do Metrô do Recife, a também pré-candidata a governadora Raquel Lyra (PSDB) declarou que com a sua fala, o chefe do Executivo mostrou "que é sócio e cúmplice do sucateamento" do modal. Na visão da ex-prefeita de Caruaru, apesar de a gestão do metrô ser responsabilidade da União, os governos do PSB foram negligentes com o sistema de transporte nos últimos anos.

Para Raquel, que há pouco tempo esteve nas estações do metrô ouvindo usuários, a nota lançada por Paulo seria uma "confissão de culpa", uma vez que diz em um trecho que "o Governo do Estado se coloca à disposição para construir soluções e, inclusive, assumir compromissos financeiros com o Governo Federal para garantir que o Metrô não falte aos milhares de usuários que recorrem a ele".

"Há anos que o metrô tem faltado, há anos que a população do Recife e Região Metropolitana que precisa usar esse transporte sofre. É culpa sim também do Governo do Estado ter assistido de braços cruzados tudo isso acontecer", destacou a tucana, afirmando que o metrô será parte fundamental do seu plano de governo.

Por nota, o Palácio do Campo das Princesas afirmou que a pré-candidata "se espanta porque nunca fez nenhuma cobrança a Bolsonaro. Endossou todo o desastre que foi essa gestão federal, sobretudo no enfrentamento da pandemia".

O texto diz, ainda, que, sobre o metrô, "Raquel também está tendo a oportunidade de avaliar a gestão do PSDB à frente do órgão entre 2016 e 2017, quando os trens começaram a quebrar uma vez por semana".

Cemitério do metrô

Existe um verdadeiro “cemitério de trens” do Metrô do Recife, localizado no Centro de Manutenção de Cavaleiro (CMC), oficina de reparo das composições que atendem ao sistema metroferroviário do Grande Recife.

 

Segundo um dos funcionários, são pelo menos 20 trens parados. São equipamentos quebrados e/ou sem peças para reposição. “É muito fácil e cômodo falar dos trens, apontar falhas e problemas. É fácil culpar a CBTU. Mas sem recursos é impossível. E cadê o investimento?”, questiona.

“O governo federal parou de investir no Metrô do Recife há mais de cinco anos. Por isso os trens não estão oferecendo um serviço de qualidade à população. Devido a esse desgoverno de anos, que piorou muito com o governo do presidente Bolsonaro”, diz o mesmo funcionário.

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