Da Estadão Conteúdo
A sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) foi interrompida nesta terça-feira, 24, por uma discussão entre o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o subprocurador-geral Nívio de Freitas, que quase terminou em agressão física.
Após uma série de interpelações do colega, Aras se levantou da bancada em que presidia os trabalhos do grupo, esmurrou a mesa e partiu para cima de Freitas. Os seguranças que acompanhavam a sessão precisaram conter o procurador-geral, que acusou o conselheiro envolvido no conflito de "não ser digno de respeito".
A discussão teve início após o procurador-geral anunciar o início de uma votação. Antes que o trabalho prosseguisse, Aras foi interpelado por um pedido de Freitas para que o autorizasse a sustentar o seu ponto de vista sobre o tema em análise.
O presidente da sessão permitiu que o colega fizesse as considerações, mas argumentou que não poderia "admitir a bagunça" que o subprocurador estaria causando ao interrompê-lo. Freitas também acusou Aras de ter interrompido outro conselheiro e completou: "Então se vossa excelência quer respeito, me respeite também".
DISCUSSÃO
O procurador-geral da República, contudo, respondeu que o colega "não é digno de respeito". A partir deste momento, uma discussão intensa começou, até chegar ao ponto de Aras esmurrar a mesa e se dirigir em direção ao colega em pose de briga.
A corregedora-geral, Célia Delgado, levantou prontamente de sua cadeira e se colocou entre os colegas para evitar que houvesse agressão física. Durante os momentos de tensão, ela pediu aos conselheiros que retomassem seus assentos para prosseguimento da sessão. A sessão pública estava sendo transmitida ao vivo na internet. Pouco depois de Aras partir para briga, a transmissão foi interrompida.