O presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) voltou a tecer críticas à Petrobras, que deve anunciar mais um aumento no preço dos combustíveis nesta sexta-feira (17).
De acordo com Bolsonaro, a Petrobras “mergulhar o Brasil num caos” caso promova um reajuste dos combustíveis.
“Presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo”, escreveu Bolsonaro no Twitter.
Ainda segundo o presidente, o governo federal, como acionista, “é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais”.
O Governo Bolsonaro chegou a pedir que o Conselho de Administração da Petrobras fizesse uma reunião para avaliar um possível adiamento dos reajustes nos combustíveis até que sejam aprovadas no Congresso as medidas de desoneração propostas para conter a alta dos preços nas bombas.
No entanto, conselheiros concluíram que cabe aos diretores da estatal essa decisão e não ao colegiado. Dessa forma, a empresa deve mesmo anunciar nesta sexta o novo reajuste de gasolina e diesel, ignorando os pedidos do governo.
Eleições
Em ano eleitoral, Bolsonaro se vê pressionado pelo aumento nos combustíveis. O Presidente já culpou várias vezes os governadores, responsáveis pela cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). No entanto, os preços continuaram subindo mesmo após o congelamento do ICMS.
Além disso, nos últimos meses Bolsonaro intensificou as críticas ao lucro da Petrobras, eximindo-se de responsabilidades. A estatal é empresa de capital misto e tem a União como a maior acionista. Assim, o governo tem direito a eleger mais profissionais para o Conselho de Administração da estatal e esse conselho indica o CEO e diretores que, de fato, administram a companhia.