Com Estadão Conteúdo
O Partido dos Trabalhadores (PT) pretende pedir à Procuradoria-Geral da República para que a investigação sobre a morte de Marcelo Arruda, tesoureiro do partido em Foz do Iguaçu, Paraná, seja federalizada, passando para as mãos da Polícia Federal.
O petista Marcelo Arruda foi morto a tiros durante sua festa de aniversário pelo policial penal federal Jorge José Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Um dos motivos para o PT passar a discutir a federalização do caso foi o surgimento da notícia de que a delegada responsável, Iane Cardoso, teria feito publicações antipetistas em seus perfis nas redes sociais em 2017.
Na manhã desta segunda-feira (11), o governo do Estado do Paraná designou uma nova pessoa para investigar o crime, a delegada Camila Cecconello.
Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o pedido de federalização do caso será motivado pelas circunstâncias em que o assassinato ocorreu, e não por desconfiança ao trabalho da Polícia Civil.
"Não é em relação à Polícia do Paraná. É em relação à gravidade do crime. Achamos que não pode ser investigado como um crime comum. Estamos dizendo que esse é um fato político que motivou isso, e que não é isolado", disse ao deixar o encontro do conselho político da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O assassinato de um petista por um bolsonarista em Foz do Iguaçu
Momentos antes do crime, Guaranho havia interrompido a festa e ameaçado os presentes com uma arma na mão, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu.
Marcelo foi abordado no estacionamento, quando Guaranho sacou a arma e começou a disparar. Arruda tentou se defender com sua arma funcional e houve troca de tiros.
Guaranho está no hospital em estado grave. Ele teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (11).