Antes da fala do candidato ao Governo de Pernambuco pela Frente Popular, um clipe exibindo imagens de Lula e Danilo Cabral estampou o telão sobre o palco do Classic Hall, em Olinda, no Grande Recife.
Danilo Cabral foi chamado de "golpista" algumas vezes por militantes que criticam o apoio do PT à candidatura dele. A discordância tem a ver com o posicionamento de Danilo que, como deputado federal, votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Danilo, ao se dirigir aos presentes, cumprimentou a todos, "até aos companheiros que estão aqui participando e não concordam com a nossa posição". Neste momento, ouviu-se um coro da militância do PSB em favor de Danilo.
O candidato do PSB discursou por cerca de 15 minutos no ato. Danilo Cabral chamou ao palco Lula e o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin, e pediu "serenidade e clareza". Contornou as críticas defendendo a liberdade de expressão e afirmando que a "ameaça à democracia" era o que unia a todos ali.
"Não há democracia quando temos 30 milhões de desempregados, ou quando as pessoas são assassinadas por conta da orientação sexual, não há democracia quando vimos jornalistas sendo assassinados na Amazônia. O Brasil não aguenta mais esse presidente que é responsável pelo conjunto das crises que assola esse país", argumentou Danilo Cabral para, em seguida, retomar o cenário político local.
"A gente tem o dever de fazer uma discussão aqui em Pernambuco sobre o que queremos. Eu não vim aqui arengar com ninguém, fazer futrica, fazer fofoca. Eu não aprendi a fazer política na base da intriga. Eu não vim aqui para brigar. Quem deve brigar são sempre as ideias. E eu vim defender as ideias da Frente Popular", discursou.
Em sua fala, Danilo Cabral enalteceu a história de Pelópidas da Silveira, Arraes, Jarbas, João Paulo, Eduardo Campos e João Campos, na relação de prefeitos e governadores eleitos pela Frente Popular.
"A Frente popular sabe fazer, não é só conversa", disse.
Danilo chamou Luciana Santos e Teresa Leitão, candidatas a vice-governadora e a senadora na chapa, dizendo que, junto com ele, formam "o time que vai percorrer o estado".
O socialista enalteceu que Luciana Santos, do PC do B, Teresa Leitão, do PT e ele no PSB sempre tiveram um mesmo time "mesmo quando os partidos discordavam delas" e perguntou: "Qual a chapa que carrega mais compromisso histórico?", provocou.