Logo após homologar a candidatura do advogado e ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Antônio Mario, para o Senado Federal pelo Partido Progressista (PP), o deputado federal Eduardo da Fonte foi direto para a convenção do PSB, nesta sexta-feira (5).
No ato que oficializou a chapa liderada pelo deputado federal Danilo Cabral (PSB) como candidato a governador de Pernambuco, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) para o Senado Federal, e a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) para o mesmo cargo, Da Fonte afirmou que está com Danilo.
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"Sabemos que os desafios não são poucos, sabemos o que iremos encontrar pela frente grandes obstáculos, mas sabemos também dos desafios que nós temos e que vamos vencer. Não tenho a menor dúvida que iremos continuar governando Pernambuco e, principalmente, eu tenho uma certeza, que nós iremos juntos com esse grande time', discursou o presidente estadual do PP.
Sobre a possibilidade de ter dois candidatos ao Senado e se isso poderá estremecer a relação com o PT, Danilo Cabral preferiu não comentar. "Não tomei conhecimento desse assunto, estava aqui na convenção e não tenho conhecimento nenhum dessa situação e não posso avaliar sobre ela. Mas, nós vamos caminhar juntos com o PT em quaisquer circunstâncias", disse.
No entanto, coube a Teresa Leitão não silenciar diante do questionamento. "Isso é uma coisa que ainda não está concluída. É um processo de discussão porque não tem apenas o posicionamento político dos progressistas, que a gente respeita se ele tiver respaldo jurídico e eleitoral. O que tiver de ser será", disse a candidata ao Senado.
"A Frente Popular não vai abandonar a candidatura ao senado escolhida por ela mesma. E isso já me dá conforto suficiente. O processo de debate com o PP está em curso e eu espero que a gente possa manter a Frente toda unida, com todos os partidos para o debate. Se não for possível, seguiremos", finalizou a petista.
Mais cedo, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, também disse que não tinha sido informado sobre o lançamento de um nome próprio do PP para o Senado. Ele lembrou que Eduardo da Fonte e o filho, o candidato a deputado federal Lula da Fonte, estiveram nessa quinta-feira (4), reunidos no Conselho Político da chapa majoritária e que o assunto não foi sequer mencionado.
A decisão do PP de lançar um candidato ao Senado foi tomada após o presidente nacional da sigla, Cláudio Cajado, informar por nota, na última terça-feira (2), que o partido não fará coligação com o PT em nenhum estado do País. Ele também reafirmou o apoio do partido à candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL).
PROS
Outra discussão que ainda precisa ser afinada é com relação a situação do PROS em Pernambuco. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em decisão anunciada nesta sexta-feira (5), devolveu novamente o cargo de presidente do PROS a Eurípedes Júnior.
Nacionalmente, Júnior fechou um acordo para apoiar o ex-presidente Lula na corrida pelo Palácio do Planalto. Aqui em Pernambuco, o dirigente é ligado ao candidato a vice-governador, o deputado federal Sebastião Oliveira (Avante), que articula a volta do partido para o palanque de Marília Arraes (Solidariedade).
"Isso é uma questão interna do PROS, não cabe a gente fazer uma avalição. Nós estamos com o time da Frente Popular constituído e a gente vai caminhar com esse time. O eixo central do nosso time é a unidade política em torno de um projeto nacional de enfrentamento a Bolsonaro e isso pressupõem a eleição de Lula, e aqui em Pernambuco, a eleição da Frente Popular. Quem estiver nesse mesmo dispositivo e nessa mesma unidade será bem vindo ao nosso palanque", comentou Danilo Cabral.
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