O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) divulgou, nesta terça-feira (2), qual será a data para a realização das eleições suplementares dos municípios de Pesqueira, no Agreste, e de Joaquim Nabuco, na Zona da Mata Sul.
Os eleitores das duas cidades vão precisar ir às urnas para escolherem novamente quem serão seus representantes no Executivo municipal, já que os prefeitos e vice-prefeitos eleitos em 2020 foram cassados e os respectivos recursos foram rejeitados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o TRE, as duas eleições suplementares devem ocorrer no dia 30 de outubro - mesma data da realização de um eventual segundo turno para presidente da República e/ou governador.
O órgão também destacou que os prazos para inscrição dos candidatos, atos preparatórios, propaganda municipal e tudo que for relacionado ao pleito, será estabelecido através de uma resolução do TRE.
Para o diretor-geral do tribunal, Orson Lemos, a realização da eleição suplementar na mesma data do segundo, é uma forma de trazer economia aos cofres públicos, por aproveitar a mesma estrutura de logística e de pessoal do planejamento para as Eleições 2022.
No entanto, mesmo que não haja segundo turno, o calendário está mantido e a população terá que votar novamente para prefeito nos respectivos municípios.
PESQUEIRA
Por maioria de votos, os ministros do TSE confirmaram o indeferimento do registro e a inelegibilidade de Marcos Luidson de Araújo, conhecido como Cacique Marquinhos Xukuru (Republicanos), candidato mais votado para a prefeitura de Pesqueira em 2020.
A convocação para a realização de novas eleições foi determinada nesta segunda-feira (1º). Cacique Marquinhos recebeu 51% dos votos válidos, mas não pôde assumir o cargo por ter sido condenado pela Justiça Federal, em 2015, por crime contra o patrimônio privado, por incêndio a residência particular provocado em 2003, e considerado inelegível com base na Lei de Inelegibilidade (LC nº 64/1990).
O cargo de prefeito de Pesqueira vem sendo ocupado interinamente pelo presidente da Câmara de Vereadores, Sebastião Leite da Silva Neto (Republicanos), conhecido como Bal de Mimoso.
JOAQUIM NABUCO
Em fevereiro deste ano, o TSE manteve a cassação da chapa do prefeito Neto Barreto (PTB) e do vice-prefeito Eraldo Veloso (MDB), eleitos na cidade de Joaquim Nabuco, em 2020.
No entendimento da Corte, ficou comprovado que a chapa proveu uma “chuva” de dinheiro na sacada de uma varanda da cidade, configurando assim, a prática de compra de votos. Além da inelegibilidade por oito anos, eles também foram multados em R$ 20 mil.
O caso ganhou repercussão nacionalmente após a divulgação de vídeos, onde o vice-prefeito eleito aparece jogando dinheiro de uma sacada de uma varanda, no dia das eleições municipais.