ELEIÇÕES 2022

Veja a lista de empresários que apoiam golpe de Estado; saiba quais são as empresas

Vazamento de mensagens trouxe à tona o apoio de representantes do alto empresariado a um golpe de Estado caso Lula (PT) vença a eleição para a Presidência da República

Cadastrado por

Augusto Tenório

Publicado em 18/08/2022 às 10:13 | Atualizado em 19/08/2022 às 9:20
A CPI da Covid realiza a oitiva de Luciano Hang, acusado de pertencer ao chamado "gabinete paralelo", que é suspeito de aconselhar Bolsonaro em relação à pandemia de covid-19 - LEOPOLDO SILVA/AGÊNCIA SENADO

Mensagens do grupo Empresários & Política no WhatsApp foram divulgadas pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. O vazamento trouxe à tona o apoio de representantes do alto empresariado a um golpe de Estado caso Lula (PT) vença a eleição para a Presidência da República.

A retórica bolsonarista, de acordo com o colunista, inclui também ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A discussão sobre golpe, porém, começou quando Ivan Wrobel, da W3 Engenharia, se apresentou ao grupo como eleitor de Bolsonaro.

O grupo de empresários bolsonaristas é formado por nomes como:

"Quero ver se o STF tem coragem de fraudar as eleições após um desfile militar na Av. Atlântica com as tropas aplaudidas pelo público", provocou Wrobel numa mensagem vazada. O ato do sete de setembro, porém, foi cancelado em vias terrestres no Rio de Janeiro.

"O 7 de setembro está sendo programado para unir o povo e o Exército e ao mesmo tempo deixar claro de que lado o Exército está. Estratégia top e o palco será o Rio. A cidade ícone brasileira no exterior. Vai deixar muito claro", completou Morongo, dono da Mormaii.

André Tissot, do Grupo Sierra, chegou a afirmar que o golpe de Estado deveria ter acontecido em 2019, nos primeiros cem dias de governo. "Teríamos ganhado outros 10 anos a mais", disse. 

“Prefiro golpe do que a volta do PT", disse Koury, num outro momento. O empresário ainda afirmou que que parceiros estrangeiros continuariam a fazer negócios com o Brasil. "Como fazem com várias ditaduras pelo mundo", completa.

Manifestação do Sr. Ivan Wrobel referente a matéria publicada no Metrópoles

Ao Jornal do Commercio, a equipe de Ivan Wrobel enviou comunicado, classificando a matéria do colunista Guilherme Amado de fake news. Ele não desmente, porém, as mensagens reveladas pelo jornalista, afirmando que o contexto foi fabricado.

Confira, na íntegra:

Em virtude de matérias veiculadas na imprensa nacional na data de 18 de agosto de 2022, a partir de um artigo publicado pelo jornal online Metrópoles, comunica-se que o empresário Ivan Wrobel recebeu com espanto a informação da matéria publicada onde afirmou-se falsamente que o empresário é defensor de um golpe de Estado, caso o ex-presidente Lula seja eleito.

A matéria fabricou um contexto em algumas frases do Sr. Ivan, acusando-o falsamente de defender uma ruptura institucional no país. Trata-se de uma evidente fake news.

A matéria não buscou conhecer a biografia e o pensamento do Sr. Ivan antes de atacá-lo. E a tentativa banal de ouvi-lo “pro forma” apenas deixa evidente a falta de imparcialidade no vazamento de conversas particulares.

Descendente de família polonesa judia, o Sr. Ivan sempre soube o perigo que ditaduras podem causar. Cumpre ressaltar em 1968, quando aluno do IME, foi convidado a se retirar da instituição por ter se manifestado contrário ao AI-5.

Foi convivendo e defendendo a Democracia que o Sr. Ivan traçou toda sua vida, tanto familiar como profissional.

Transmitir fake news a respeito de pessoas que levam uma vida correta, pagam seus impostos e contribuem com a sociedade não parece que seja um caminho que se deva perseguir.

Espera-se que os diversos institutos de “check facts” façam uma verdadeira e isenta apuração da matéria e destaquem que a matéria mencionada é fake news pela evidente distorção de fatos.

O Sr. Ivan teve a sua honra e a sua credibilidade abaladas simplesmente por participar de um grupo de WhatsApp. Caso a mídia manipule fatos e tire mensagens privadas de contexto, todo o cidadão comum poderá ser penalizado.

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