O youtuber e influencer Wilker Leão, que teve a camisa puxada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), após ter chamado o chefe do Executivo de "vagabundo" e "tchutchuca do centrão", acumula mais de 21 mil seguidores no Instagram, 20,5 mil inscritos no Youtuber e 125 mil no TikTok, até a publicação desta matéria.
Em seu perfil, ele diz que é advogado e cabo do Exército desde 2014. Ainda segundo o youtuber, de 2015 até este ano, ele também teria atuado como auxiliar da Assessoria Jurídica da Secretaria de Economia e Finanças do Exército. Os temas que norteiam seus vídeos falam sobre o "militarismo, política e sociedade"
Morador do Distrito Federal, Leão é conhecido por fazer questionamentos a políticos, tanto do campo da direita quanto da esquerda, sobre vários temas. Essa, inclusive, não teria sido a primeira vez em que ele teria abordado Bolsonaro.
Em abril, o influencer questionou Bolsonaro sobre uma afirmação de que o trabalho de cabos e soldados do Exército se resume a fazer faxina. “Para, para, para... Tá revoltado por quê?”, contestou Bolsonaro. “Por que ficou 8 anos [no Exército] e agora tá reclamando?”, continuou.
Nesta quinta-feira (18), a confusão foi iniciada após Wilker Leão ter se aproximado do presidente Jair Bolsonaro, que fazia fotos com seus apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, para fazer questionamentos, a exemplo das mudanças da lei da delação premiada e a existência do chamado orçamento secreto.
Na ocasião, Bolsonaro ignorou os questionamentos e entrou no carro oficial. No entanto ao escutar as provocações feitas pelo youtuber, ele saiu do veículo e ao se aproximar do homem, o puxou pela gola da blusa e, também, pelo braço, em uma tentativa de pegar o celular Wilker Leão.
Nesse momento, a equipe de segurança do presidente da República tirou Wilker Leão de perto de Bolsonaro. Logo depois da confusão, o chefe do Executivo aceitou conversar com o youtuber e respondeu a algumas perguntas, antes de seguir para a Base Aérea.
"Eu tenho que ter o apoio do Parlamento. Os partidos de centro são quase 300 dos 513 parlamentares. Como vou aprovar um projeto simples de lei dispensando 300 votos? Eu não posso ser um presidente 100%. Vai desagradar um ou outro em alguma coisa, vai desagradar", argumentou sobre a aliança com o chamado centrão.